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sábado, 31 de outubro de 2020

O Trovador-Sì; la stanchezza m'opprime

O segundo quadro do último acto começa, no cárcere da prisão do castelo de Aliaferia, onde Manrico e Azucena esperam a hora fatal.

 Ela julga que já a vêm buscar para o suplício, mas o filho conforta-a. A cigana mais uma vez relembra a terrível visão da morte da mãe. 

 Manrico tenta acalmá-la e cantando o bonito duo "Si la stanchezza"

 Sim a fadiga, oprime-me ó filho fecho os meus olhos para dormir mas quando se veja a arder a horrível chama da fogueira, desperta-me

respondendo Manrico

 repousa oh mãe e que Deus conceda imagens menos tristes ao teu sono e Azucena com as cadenciosas frases "Ai nostri monti ritorneremo" 

 Aos nossos montes retornaremos a antiga paz ali desfrutaremos Tu cantarás com o teu alaúde e eu dormirei um sono plácido 

 Azucena adormece por fim enquanto Manrico vigia a seu lado. 

Canta  Luciano Pavarotti e a mezzo Marilyn Horne no papel de Azucena.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O Trovadorr-Mira, di acerbe lagrime(2)

Eva Marton e Sherril Milnes Sondra Radvanovsky e Dimitri Hvorostovsky Zvetelina Vassileva e Domenico Balzani

O Trovadorr-Mira, di acerbe lagrime

O conde Luna sai do castelo dando as últimas ordens sobre a morte dos prisioneiros.

 "Ouviste ? Quando alvorecer, o filho ao machado do carrasco e a mãe á fogueira"

 Continuando a reflectir, sobre um eventual abuso de poderes que o príncipe lhe havia dado, mas que a tais actos fora conduzido por uma mulher funesta e de quem não sabe nada, pois todas as buscas que fizera, não a havia encontrado, perguntando-se em desespero "onde estás mulher cruel ?" 

 Leonora apresenta-se-lhe, iniciando-se um duo, de vigorosa melodia impulsionada pela diferente paixão que move as personagens. 

Uma passagem de típica música de conversão,onde Leonora lhe implora piedade para Manrico, cantando "Mira di acerbe lagrime

 "Olha como derramo aos teus pés um rio de lágrimas amargas não te basta o meu choro ? Mata-me bebe o meu sangue calca o meu cadáver mas salva o trovador

 mas nada comove Luna, que ainda mais se enfurece 

"Quanto mais o amas mais intenso arde o meu furor", 

mas cedendo apenas quando Leonora lhe promete entregar-se-lhe, se ele salvar Manrico, jurando perante Deus que vê toda a sua alma. 

 Liga-se assim esta parte do duo à sua cabaletta rítmica " Vivrà contende il giubilo", que Leonora canta após beber o veneno que estava no seu anel.

 "Viverá ! O júbilo retira-me as palavras, senhor mas com os seus rápidos batimentos, o meu coração te agradece Agora o meu fim impávida cheia de alegria espero Poderei dizer-lhe, morrendo Estás salvo graças a mim

 Este primeiro quadro do IV acto acaba estando Leonora e Luna felizes, ela porque julga ter salvo com a sua entrega o seu amor e o Conde dando largas ás suas emoções "Tu mia tu mia ripetilo" "Tu minha, tu minha repete-o serena o meu coração Ah não posso crê-lo embora to oiça dizê-lo"
Aqui cantam Raina Kabaivanska e Piero Cappuccilli

François Le Roux

François Le Roux (nascido em 30 de outubro de 1955) é um barítono francês . Le Roux iniciou os estudos vocais aos 19 com François Loup, ganhando prêmios em Barcelona e no Rio de Janeiro.

 Foi membro da Lyon Opera Company de 1980 a 1985, antes de aparecer em muitas casas internacionais, fazendo sua estréia na Paris Opéra em 1988 como Valentin em Gounod 's Faust . 

Ele é mais conhecido por sua interpretação de Pelléas na ópera de Debussy , cantando pela primeira vez o papel em 1985 e sendo saudado pela crítica como "o maior Pelléas de sua geração". 

Desde 1998, ele também cantou Golaud na mesma ópera com aclamação semelhante. Foi como Golaud que ele cantou na apresentação centenária na Opéra-Comique, e também na estreia nacional russa. Ele dublou Gaston, o vilão caçador na dublagem europeia francesa de A Bela e a Fera da Disney . 

 Para além de um vasto repertório operístico, lançou numerosos recitais de canção francesa, que lhe valeram a distinção de sucessor natural de Gérard Souzay . É considerado "o grande embaixador da melodia francesa" ». 

 Seu livro, Le chant intime , sobre a interpretação da canção francesa, ganhou o Prêmio René Dumesnil de 2004 da Académie des Beaux Arts da França . Ele foi premiado com o grau de " Chevalier " na Ordem Nacional das Artes e Letras da França em 1996, e foi escolhido como "Personalidade Musical do ano 1997" pelo Sindicato da Crítica Francesa Aqui canta Non Piu andrai das Bodas de Figaro

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

O Trovador-Misere d ungiá vicina e Tu vedrai che amore in terra

ouvindo-se um coro de monges implorando a remissão dos pecados do condenado prestes a morrer "Misere d ungiá vicina", que fazem Leonora tremer com este cânticos 

"Estes sons, estas preces solenes e funestas enchem este ar de um terror sombrio A angustia que me assalta por completo disputa a minha boca e respiração e ao coração os batimentos"

 mas tem a alegria de ouvir a voz de Manrico dentro do castelo despedir-se da vida e do seu amor implorando-lhe que não o esqueça. 

 Aqui canta Plàcido Domingo e Raina Kabaivanska  

 Com o bom gosto bem verdiano, acontece uma passagem magnífica entre as vozes de Manrico, Leonora e os monges, onde se repetem as ideias já aqui descritas e que termina com mais uma caballetta de Leonora " Tu vedrai che amore in terra" onde diz 

Verás que amor nesta terra não existe mais forte que o meu venceu os destinos em dura guerra e vencerá a própria morte Ou com o preço da minha vida salvarei a tua ou contigo para sempre unida para o túmulo irei 

Aqui cantado por Jennifer Rowley

Franco Corelli

Franco Corelli (Ancona, 8 de abril de 1921 — Milão, 29 de outubro de 2003) foi um famoso tenor italiano que teve uma grande carreira operística internacional, entre 1951 e 1976. 

Associado principalmente com os papéis de tenor spinto e tenor dramático do repertório italiano, ele foi celebrado universalmente por sua voz poderosa, notas altas eletrificadas, timbre claro e performances muito elegantes e apaixonadas. 

Chamado de "Príncipe dos Tenores", Corelli possuía uma boa presença de palco e carisma, fazendo sucesso com a plateia. 

Ele teve uma longa e bem sucedida relação com o Metropolitan Opera, em Nova Iorque, entre 1961 e 1975. 

Ele também apareceu nas maiores casas de ópera da Europa e com algumas companhias na América do Norte Após aposentar-se dos palcos, Corelli tornou-se um popular professor de canto e voz em Nova Iorque, algumas vezes ironizado, pois um homem que odiou professores, de repente, torna-se um.

 Corelli tornou-se o mentor do finalista do programa America's Got Talent, Donald Braswell II, que cantou muitos papéis iguais ao próprio Corelli.

 Ele morreu em Milão, em 2003, aos oitenta e dois anos, tendo sofrido um derrame no mesmo ano. Ele foi enterrado no Cemitério Monumentale di Milano, em Milão. ver mais da sua extensa carreira aqui Canta Recondita armonia da Tosca

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

O Trovador-D'amor sull'ali rosee

O quarto e último acto deste quadro inicia-se junto á torre do palácio, onde Manrico está preso.

 Ruiz o seu fiel amigo traz Leonora até ali, dizendo-lhe que só ela pode salvar Manrico, pois este tinha sido capturado ao tentar salvar Azucena.

 Estando ambos encarcerados esperando a execução. 

 Depois dum pequeno recitativo, onde Leonora diz que apesar de tudo está próxima do seu amado, enquanto lembra o seu amor, cantando uma das árias mais famosas desta ópera "D amor sull all rosee

onde diz 

 Sobre as asas rosadas do amor vai, suspiro doloroso, e do infeliz prisioneiro conforta a tétrica mente Como um vento de esperança move-te pela sua cela e desperta-lhe as recordações dos nossos sonhos de amor ! Mas não lhe contes desprevenidamente as penas do meu coração"

 Aqui canta Raina Kabaivnaska num filme de 1975. Maria Callas Anna Netrebko

terça-feira, 27 de outubro de 2020

O Trovador-Ah, si ben mio. Di quella pira (2)

Franco Corelli José Cura Pláciso Domingo

O Trovadore-Ah si bem mio e Di quela pira

O segundo quadro do 3º acto passa-se no interior de Castellor. 

Numa sala junto à capela, Leonora e Manrico preparam-se para se casar. tão Ao ouvir sons de guerra Leonora fica apreensiva, comentando que o casamento desejado se apresenta sob maus auspícios (Di qual tetra luce il nostro imen risplende)

Manrico acalma-a dizendo que todos os obstáculos serão removidos. 

 Entoa a sua ária "Ah si bem mio" de apaixonada beleza. 

 Ah sim meu bem, sendo eu teu e tu a minha consorte terei a alma mais intrépida o meu braço será mais forte Mas se na página do meu destino estiver escrito que devo ficar entre as vítimas atravessado por uma espada inimiga no meu último fôlego o meu pensamento estará contigo e parecer-me-á que ao morrer apenas te precedi no céu

 Na capela ao lado ouvem-se os acordes dum órgão, enquanto os apaixonados cantam

 "A onda dos sons místicos desce pura até ao coração Vem, o templo abre-nos as alegrias dum casto amor"

 Este pequeno dueto antecede a entrada de Ruiz que lhe vem comunicar que Azucena havia sido presa e que "esse bárbaros já acenderam a fogueira

 Manrico decide então abandonar tudo para ir salvar a sua mãe, cantando a ária "Di quella pira" 

 Acabando por dizer "Já era filho antes de te amar nem mesmo o teu sofrimento pode deter-me Mãe infeliz corro a salvar-te ou pelo menos morrer contigo

 Partindo seguido por Ruiz e pelos soldados. 

 No primeiro filme canta-se toda este quadro, com Marcelo Alvarez No segundo, é, Luciano Pavarotti "Di quella pira".

domingo, 25 de outubro de 2020

Giuliano Ciannella

Giuliano Ciannella nasceu a 25 de outubro de 1943 e morreu a 13 de janeiro de 2008 foi um tenor operístico italiano que teve uma importante carreira internacional de meados da década de 1970 até o final da década de 1990. 

Ele foi um artista regular no Metropolitan Opera de Nova York de 1979 a 1986, na Lyric Opera of Chicago entre 1982 e 1988 e na Vienna State Opera de 1985 até o final de sua carreira. 

Ciannella interpretou principalmente papéis do repertório italiano, destacando-se principalmente nas óperas de Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini . 

 Nascido em Campi Salentina (Lecce) , Ciannella inicialmente estudou engenharia na Universidade de Bolonha até que um encontro casual com Mirella Freni o levou a ser incentivado a seguir a carreira de ópera. 

Ele entrou no Conservatório de Bolonha, onde estudou com Leone Magiera . Depois que ele se formou, ele continuou com a formação contínua sob Carlo Bergonzi antes de fazer sua estréia de ópera profissional em 1974 no Teatro Nuovo em Milão como Edgardo em Gaetano Donizetti de Lucia di Lammermoor . 


 Ciannella juntou-se à lista de tenores principais do Metropolitan Opera em 1979, fazendo sua primeira aparição com a companhia como Alfredo em La traviata de Verdi ao lado de Eugenia Moldoveanu como Violetta em um concerto ao ar livre no Clove Lakes Park , Staten Island 

 Sua última e 112ª apresentação no Met foi como Príncipe Calàf para Ruth Falcon 's Turandot em 14 de junho de 1996. 

Ciannella também desempenhou funções em muitas outras empresas internacionalmente durante as décadas de 1980 e 1990. Ele cantou frequentemente na Ópera Estatal de Viena de 1985 até o final de sua carreira, apresentando muito do mesmo repertório que tocou no Met. 

Depois de se aposentar do palco no final dos anos 1990, Ciannella ensinou nas faculdades de voz do Conservatório de Parma e do Conservatório de Ferrara . Ele ainda estava ensinando na época de sua morte em Ferrara em 2008 Aqui canta com Renata Scotto Bimba dagli occhi pieni di malia da Butterfly

sábado, 24 de outubro de 2020

O Trovador-In braccio al mio rival

A cena passa-se no acampamento do Conde de Luna. 

Os soldados preparam-se para o assalto ao castelo inimigo, limpando armas e entusiasmando-se com a perspectiva do combate.

 Sozinho o Conde da largas ao seu ciúme, cantando "In braccio al mio rivale" "Nos braços do meu rival Este pensamento como um diabo perseguidor segue-me por todas as partes nos braços do meu rival mas irei, mal apareça a aurora, irei separá-los"

 Entretanto entra Ferrando anunciando-lhe que prendera uma espia e a conduzem á presença do Conde, que lhe pergunta para onde vai, ela diz que não sabe porque "uma cigana costuma caminhar sem objectivo fixo, no seu errar vagabundo o céu serve-lhe de tecto e o mundo é a sua pátria

 Perguntam-lhe donde vem e ela responde "da Biscaia á procura do filho que a abandonara " (Giorni poversi vivera)e ela vai errando e a esse filho vai procurando, esse filho que custou penas horríveis ao meu coração, mas sinto por ele tanto amor, como mãe alguma na Terra jamais sentiu" 

 A dúvida sobre a identidade da cigana vai-se instalando. Ferrando jura reconhecer nela a cigana assassina e ela acaba por se denunciar gritando E tu non vieni, o Manrico, o figlio mio ? Non soccorri all infelice madre tua 

Que retira todas as dúvidas ao Conde sobre a identidade da cigana, percebe que tem em suas mãos a mãe do seu inimigo, ordenando que seja torturada, dizendo "A alegria inunda o meu peito dum modo que as palavras não podem expressar Ah em mim encontrarão as cinzas fraternas uma vingança cumprida" A um sinal do Conde os soldados levam a cigana e ele entra na sua tenda seguido de Ferrando Aqui cantam Ekaterina Semenchuk e Ludovic Tezie,

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O Trovador-E deggio e posso crederlo

O Trovador-Final 2º Acto 

 A entrada do cortejo das monjas com Leonora e Inês é uma cena tipicamente romântica. Inês chora porque, diz, Leonora vai deixá-la para sempre. Esta responde que

 "nem sorrisos, nem esperanças, nem flores tem a Terra para mim".Deus é o único amparo e quem se juntará um dia. Pede ás acompanhantes " Secai os vosso olhos e conduzi-me ao altar"

 Canta Qual Suono! Oh Ciel

 O conde entra em cena dizendo "Não... nunca ", declarando que entra ali para que ela seja dele.

 Avançando em direcção a Leonora, mas Manrico interpõe-se de repente entre ambos. Inicia-se então um trio, quando Leonora, canta "E deggio e posso crederlo

 "Devo e posso acreditar ? vejo-te a meu lado será isto um sonho, um êxtase ou um encontro sobrenatural ? O meu coração arrebatado e surpreendido não pode resistir a tanto júbilo Desceste do céu ou estou no céu contigo ?" pois tanto ela como Luna julgavam que Manrico havia morrido.

 Violenta troca de palavras entre os rivais, porém o aparecimento dos soldados de Manrico, ajuda a que Manrico fuja com Leonora.

 Aqui cantam Milnes - Pavarotti e Eva Marton


aqui cantam Anna Netrebko, Hvorostovsky e Yonghoon Lee (só na parte final)

Robert Merril

Robert Merrill (4 de junho de 1917 - 23 de outubro de 2004) foi um barítono e ator operístico americano, que também atuou no circuito de teatro musical . 

Ele recebeu a Medalha Nacional de Artes em 1993. Merrill também continuou a se apresentar no rádio e na televisão, em boates e recitais. 

Em 1973, Merrill se juntou a Richard Tucker para apresentar um concerto no Carnegie Hall - um primeiro para os dois "super-homens vocais" (como um crítico os apelidou) e um primeiro "para o exigente público e críticos de Nova York", recordou Merrill. . 

O evento marcou um precedente que levou aos concertos dos "Três Tenores" muitos anos depois. Merrill se aposentou do Met em 1976. 

. Em homenagem à vasta influência de Merrill na música vocal americana, em 16 de fevereiro de 1981, ele recebeu o prestigioso Prêmio de Mérito do Glee Club da Universidade da Pensilvânia . 

 Em 1964, este prêmio foi "estabelecido para trazer uma declaração de agradecimento a um indivíduo a cada ano que fez uma contribuição significativa para o mundo da música e ajudou a criar um clima no qual nossos talentos podem encontrar expressão válida."

 Merrill casou-se brevemente com a soprano Roberta Peters em 1952. Eles se separaram amigavelmente; teve dois filhos, um filho David e uma filha Lizanne, com sua segunda esposa, Marion (falecida em 20 de março de 2010), nascida Machno, pianista . 

Merrill gostava de jogar golfe e foi membro do Westchester Country Club em Rye, Nova York, por muitos anos. Ele sempre manteve um senso de humor caloroso e uma vez se lembrou da época em que um jovem empreiteiro estava trabalhando em sua casa em New Rochelle, Nova York. Examinando as fotos, pôsteres, placas e outras recordações musicais na casa da Merrill, o jovem perguntou a Merrill: "Você é cantor, não é?" "Sim," ele respondeu. "Você canta ópera, não é?" perguntou o trabalhador. "Um pouco", respondeu Merrill. (Agmazine, abril de 1996).

 EEle sempre doou seu tempo no Cerebral Palsy Telethon com Dennis James 

 Merrill morreu em sua casa em New Rochelle, Nova York , aos 87 anos, enquanto assistia ao jogo 1 da World Series de 2004 entre o Boston Red Sox e o St. Louis Cardinals . Ele está enterrado no Cemitério Sharon Gardens em Valhalla, Nova York , que é a divisão judaica do Cemitério Kensico 

Aqui canta da Traviata Di provenza il mar il suol

.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Il balen del suo sorriso (2)

Dimitri Hvorostovsky Giorgio Zancanaro Manrico Biscotti

O Trovador-Il ballen del suo sorriso

A segunda cena do segundo acto inicia-se praticamente com a famosa ária para barítono do Conde de Luna, quando ele e os seus seguidores se aproximam de noite do castelo de Castellor

. Luna canta a sua ária "Il ballen del suo sorriso"(A luz do seu sorriso), onde ele anuncia que quer raptar a sua amada Leonora que pretende professar, propondo-se ele raptá-la antes que ela o consiga. 

 Diz então que : 

 " A luz do seu sorriso é maior do que uma estrela o esplendor do seu lindo rosto infunde-me nova coragem O amor que me anima falará a meu favor e que o Sol de um dos seus olhares disperse a tempestade do meu coração".

 Ouve-se entretanto o bater dos sinos que anunciam a cerimónia. 

Os soldados que o conde trouxera consigo dispõem-se para o rapto, enquanto este proclama "Per me ora fatale" "Hora fatal para mim apressa os teus momentos a alegria que me espera não é um júbilo mortal Em vão um deus rival se opõe ao meu amor nem mesmo um Deus pode oh mulher afastar-te de mim"

 O papel do conde de Luna é cantado por Piero Cappuccilli

ELIZABETH CONNELL

Frances Elizabeth Connell nasceu a 22 de outubro de 1946  em port Elizabeth e faleceu a 18 de fevereiro de 2012 em ÇLondres  foi uma mezzo-soprano operística nascida na África do Sul, e posteriormente soprano, cuja carreira ocorreu principalmente no Reino Unido e na Austrália.

 Elizabeth Connell, filha de pai católico sul-africano e mãe católica de Port Elizabeth, uma dos cinco filhos. 

Ela lia música na Universidade de Witwatersrand e, depois de se formar, ensinou geografia na escola secundária. Connell conseguiu uma bolsa de ópera para o London Opera Centre ,  e veio para o Reino Unido em 1970. Seus professores lá incluíam Otakar Kraus , que disse a ela que 'um dia você será uma soprano dramática'. 

Em 1972, foi vencedora do prémio Maggie Teyte para jovens músicos e também fez a sua estreia profissional no Wexford Festival Opera , uma vez que inicialmente não conseguiu aparecer em teatros de ópera britânicos,  como uma sul-africana branca durante o era do apartheid. 

 Ela obteve a cidadania irlandesa através de seu avô.

Ela lia música na Universidade de Witwatersrand, e depois de se formar, ensinou geografia na escola secundária. A convite de Edward Downes , ela cantou na abertura da Sydney Opera House em Prokofiev 's War and Peace em 1973, como Princesa Marya, e continuou a ter um relacionamento especial com a Opera Australia pelo resto de sua carreira. 

Sua carreira no Reino Unido alcançou maior destaque após sua aparição em 1975 na Primeira Noite dos Proms na Sinfonia No 8. de Mahler . Ela então teve uma associação regular de cinco anos com a English National Opera . Em 1983, Connell fez a transição para cantar em tempo integral como soprano, cancelando todos os seus compromissos para partes de mezzo e evitando falar ou cantar, com a subsequente transição gradual para papéis de soprano. Seus primeiros desempenhos como uma soprano incluído Corine de Luigi Cherubini 's Anacreonte , Fiordiligi ( Così fan tutte ) e Julia em Gaspar Spontini ' s La Vestale . 

 A apresentação final de Connell foi um recital em 27 de novembro de 2011 em Hastings .  Ela pretendia se aposentar para a Austrália, mas o diagnóstico de seu câncer evitou isso. Ela morreu em Londres em 18 de fevereiro de 2012, aos 65 anos. Ela se casou com o barítono Robert Eddie em 1987; o casamento terminou em dissolução.  
Aqui canta La luce langue da MACBETH, 201 no seu último concerto

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

OTrovador-Non Son Tuo Figlio

A segunda parte do primeiro quadro do segundo acto, aqui cantada igualmente por Zajick, tem desta vez no papel de Manrico, Luciano Pavaroti, numa gravação de 2003.

 O diálogo entre Azucena e Manrico mantém-se no mesmo tom. Perante a insólita confissão da cigana. Manrico pergunta-lhe "Non son tuo figlio ?", que ela assegura que sim, embora duma forma algo confusa, fingindo que se tinha explicado mal no seu delírio e que ele é o seu filho. 

 Pergunta-lhe " A me se vivi ancora", " se ainda vives, não mo deves ? recordando-lhe que no campo de batalha quando "descobri que a tua vida se te escapava o meu maternal afecto não a deteve no teu seio ? E quanto cuidados não dediquei para te curar de tantas feridas ?" 

 Só uma mãe teria corrido esse risco por um filho. 

 Belo é o dueto seguinte iniciado pela frase de Manrico " Mal reggendo all aspro assalto" 

Manrico tranquiliza-se, mas lembra-se que uma força superior pareceu impedi-lo de matar o conde de Luna quando no duelo que teve com ele, já o tinha derrotado a seu pés. 

 A cigana lamenta amargamente e recomenda ao filho que se voltar a enfrentar o rival, lhe crave a arma profundamente. 

 O dueto é interrompido com a chegada dum mensageiro com uma boa notícia, o príncipe tomara Castela e nomeara Manrico seu defensor, e uma má, Leonora julgando-o morto quando do duelo nos jardins do palácio, recolhera-se a um convento. 

 Manrico diz ao mensageiro para lhe trazer um cavalo, porque irá impedir essa decisão. Azucena tenta impedi-lo, recordando-lhe que ainda está convalescente, podendo reabrir as feridas. "Não não posso consenti-lo o teu sangue é o meu sangue Cada gota que dele derramas é espremida do meu coração"

 Mas Manrico está determinado "Um instante pode retirar-me a minha amada a minha esperança Não há nada que possa deter-me nem na Terra nem no céu!" " Ah mãe deixa-me a passagem livre pobre de ti se eu aqui ficasse Verias morrer de dor o teu filho a teus pés"

 Manrico afasta-se tornando inúteis os esforços de Azucena para o deter

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O Trovador-Condotta ell'era in ceppi

Uma vez a sós Manrico interroga Azucena, aquela que pensa ser a sua mãe, sobre o significado da sua sinistra canção.

Inicia-se a ária "Condotta ell era in ceppi" onde Azucena conta

 "que levaram a sua mãe, até ao seu horrível destino com o filho nos braços, tentei aproximar-me dela, mas em vão tentei e em vão tentou a infeliz mandar parar e benzer-me, pois entre blasfémias obscenas, picando-a com as espadas, empurraram-na para a fogueira os malvados esbirros.

 Então com palavras entrecotadas Vinga-me exclamou. Estas palavras deixaram um eco eterno neste coração. Manrico pergunta-lhe "La vendis casti ?" (E vingaste-a ?)

 "Consegui sequestrar o filho do conde. Arrastei-o até aqui, as chamas ardiam, já preparadas

 Manrico em pânico "As chamas ? Oh céus ! Por acaso tu ?

 Azucena continua a descrever a cena da visão fúnebre e a súplica de vingança de sua mãe, concluindo 

 " estendo a minha mão trémula agarro na vítima aproximo-a do fogo, empurro-a para ele. O delírio fatal cessa e a cena horrível desvanece-se. Ficam apenas as chamas que ardem e destruem a sua presa Então viro o rosto e vejo á minha frente o filho do malvado conde"

 Acabando a lamentar-se de por engano ter queimado o seu próprio filho

 "O meu filho o meu filho tinha queimado o meu próprio filho terminado "Sobre a minha cabeça ainda sinto os cabelos a eriçarem-se" 

 Enquanto Manrico permanece mudo de horror e de surpresa. De novo cantado por Fiorenza e Plácido Domingo

DUNJA VEJZOVIĆ

Dunja Vejzović  nascida em 20 de outubro de 1943, Zagreb , na Iugoslávia ) é uma aclamada soprano operística da Croácia . 

Dunja Crnković casou-se em 1963, mudando seu sobrenome para Vejzović. 

Ela estudou na Academia de Música de Zagreb , onde cantou The Witch in Hänsel und Gretel em 1968. 

 Apareceu em muitas óperas, incluindo papéis principais em Orfeo ed Euridice , Carmen , Tannhäuser (como Vênus), Intolleranza , Die Soldaten (como Charlotte), Dido e Æneas , Elektra (como Klytemnästra), Il trovatore (como Azucena, dirigido por Hans Neuenfels em sua estréia na ópera), Boris Godunov (como Marina Mnichek), Wozzeck (como Marie), Aïda (como Amneris), Lulu (como a condessa Geschwitz), e Samson et Dalila . 

 Em 9 de outubro de 1978, Vejzović fez sua estréia no Metropolitan Opera em Tannhäuser , como Vênus, contracenando com Jess Thomas na parte do nome, com James Levine regendo. 

 Em 1980 e 1981, Herbert von Karajan a contratou para participar de seu Festival Parsifal de Salzburg , que foi considerado um grande sucesso. 

Em 1984, ela cantou Ortrud, em Lohengrin , para aquele Festival.

 Outra de suas grandes colaborações foi com o diretor Robert Wilson , em cujas produções cantou o papel-título de Alceste (regido por Christoph Eschenbach , 

Outros maestros ilustres com quem Vejzović colaborou incluem Christoph von Dohnányi , Armin Jordan , Michael Gielen , Lovro von Matačić , Jesús López-Cobos , Zubin Mehta , Carlos Kleiber , Nicola Rescigno e Nikolaus Harnoncourt .

 Em 2002 despediu-se do palco, como Charlotte em Werther , em Zagreb, com Francisco Araiza . Ela ganhou duas vezes o Prix Fondation Fanny Heldy, por suas gravações de Kundry e Ortrud. 

A partir de 2009, Mme Vejzović é professora da Hochschule für Musik , em Stuttgart. Em março de 2014, Vejzović fez um breve retorno aos palcos, como a Avó Buryjovka, na produção de Jenůfa , de Peter Konwitschny , na Oper Graz.

 Aqui canta as Ortrud in Lohengrin

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Stride la Vampa (2)

Dolora Zajick Irina Arkhipova Ekaterina Semenchuk

Il Trovatore - Stride la vampa

 O 2º acto começa num acampamento de ciganos, na Biscaia, partidários de Urgel. 

Cantam despedindo-se da noite "Vedo ! Se fosche notturno", preparando-se para o trabalho. 

É um dos trechos mais famoso da ópera, onde o coro é misturado com o bater de bigornas e martelos, vulgarmente conhecido pelo "coro dos ciganos".  

Eles dizem "Olhai ! as escuras roupas noturnas que cobriam a imensa abóbada do céu afastam-se, parece uma viúva que por fim despe as roupas negras com as quais se cobria. Ao trabalho vamos, martelem. Quem embeleza os dias do cigano ? a ciganinha"

 depois só os homens 

 "Escutem-me um pouco a bebida dá ânimo e coragem ao corpo e á alma"

 Completando todo o coro 

 "Oh Olha olha no teu corpo brilha um raio mais brilhante que os do Sol Ao trabalho ! ao trabalho ! Quem embeleza os dias do cigano ? A ciganinha

 Azuzena a filha da cigana, que o velho conde de Luna queimou no passado, está absorta frente ao fogo, enquanto os ciganos cantavam.  

 Azuzena começa então um estranha canzone, assim qualificada na partitura e não como ária e que por isso tem duas estrofes iguais.

 Trata-se de "Sride la vampa"(crepita a chama), uma das mais famosos trechos  para mezzo-sopranos. 

 Ela recorda o dia tenebroso quando sua mãe foi injustamente condenada. Numa primeira alusão ao ambiente em redor, a alegria das pessoas. 

 Terminando " Crepita a chama, chega a vítima vestida de negro, desenfaixada e descalça ! Elevam-se gritos ferozes de morte e o eco repete-os de um barranco para outro ! Sinistras reluzem sobre os seus horrendos rostos as tétricas chamas que se erguem até ao céu"

 Aqui o papel de Azucena foi cantado pela FABULOSA  Fiorenza Cossotto em Florença em 1977,

 na mesma data em que a ouvi cantar este mesmo papel em Lisboa, acompanhada de Piero Cappuccili (Conde Luna), Mara Zampieri (Leonora), Vincenzo Bello (Manrico).
O Trovador-Stride la vampa O 2º acto começa num acampamento de ciganos, na Biscaia, partidários de Urgel. Cantam despedindo-se da noite "Vedo ! Se fosche notturno", preparando-se para o trabalho. É um dos trechos mais famoso da ópera, onde o coro é misturado com o bater de bigornas e martelos, vulgarmente conhecido pelo "coro dos ciganos". Eles dizem "Olhai ! as escuras roupas noturnas que cobriam a imensa abóbada do céu afastam-se, parece uma viúva que por fim despe as roupas negras com as quais se cobria. Ao trabalho vamos, martelem. Quem embeleza os dias do cigano ? a ciganinha" depois só os homens "Escutem-me um pouco a bebida dá ânimo e coragem ao corpo e á alma" Completando todo o coro "Oh Olha olha no teu corpo brilha um raio mais brilhante que os do Sol Ao trabalho ! ao trabalho ! Quem embeleza os dias do cigano ? A ciganinha" Azuzena a filha da cigana, que o velho conde de Luna queimou no passado, está absorta frente ao fogo, enquanto os ciganos cantavam. (de momento não encontro este video) Azuzena começa então um estranha canzone, assim qualificada na partitura e não como ária e que por isso tem duas estrofes iguais. Trata-se de "Sride la vampa"(crepita a chama), uma das mais famosa árias para mezzo-sopranos. Ela recorda o dia tenebroso quando sua mãe foi injustamente condenada. Numa primeira alusão ao ambiente em redor, a alegria das pessoas. Terminando " Crepita a chama, chega a vítima vestida de negro, desenfaixada e descalça ! Elevam-se gritos ferozes de morte e o eco repete-os de um barranco para outro ! Sinistras reluzem sobre os seus horrendos rostos as tétricas chamas que se erguem até ao céu" Aqui o papel de Azucena foi cantado por Fiorenza Cossotto em Florença em 1977, na mesma data em que a ouvi cantar este mesmo papel em Lisboa, acompanhada de Piero Cappuccili (Conde Luna), Mara Zampieri (Leonora), Vincenzo Bello (Manrico).

Martha Senn

: Mezzo-soprano operístico colombiano, nascido em 19 de outubro de 1954. Aqui canta no IV acto da Carmen com Luis Lima entre outros

domingo, 18 de outubro de 2020

O Trovador-Tace la notte

O filme em anexo, referente ao final do 1º acto, é uma produção da RAI de 1966, cantado pelo lendário Carlo Bergonzi(Manrico), Antonietta Stella(Leonora) e Cappuccilli(Conde Luna)

. O Conde Luna entra esperando talvez encontrar Leonora no jardim, cantado "Tace la notte!"(Cala-te noite), onde declara o seu amor profundo por Leonora que contudo o repudia.

 "Ah a chama do amor Todas as minhas fibras ardem Preciso ver-te" 

 As suas cogitações são interrompidas pelo som de um alaúde e uma voz ao longe a de Manrico que canta uma serenata "Deserto sulla Terra"

 "Deserto sobre a Terra em guerra com o malvado destino, só um coração é a esperança do trovador" "Mas se ele possuir esse coração formoso pela sua casta fidelidade maior que nenhum rei será o trovador"

 Leonora desce as escadas apressadamente e na escuridão confunde o Trovador com o Conde de Luna, dizendo-lhe 

 "É mais tarde do que o costume contei cada instante com os batimentos do meu coração ! Por fim um amor apiedado guia-te para estes braços"  

Manrico entra no jardim e julgando-se traído, gritando "Infida"(infiel), de imediato

 Leonora percebe o seu erro, pedindo desculpa "Qual voce" explicando que na escuridão nocturna, confundira a sua voz distante com o vulto que estava no jardim, jurando. " A te che l alma mia sol chiede, sol desia ! Io te amo,il giuro t amo d immenso eterno amor!

 " O conde não cabe em si de furioso e exige que o desconhecido se identifique. Quando este se dá a conhecer a sua ira ainda aumenta mais, pois Manrico é um partidário do inimigo Urgel e ousa entrar no jardim real.

 Desafiando-se mutuamente os rivais, cantando o Conde que o fogo do ciúme arde nele e o sangue do rival não bastará para o apagar, dizendo também para Leonora "Atreves-te oh louca a dizer-lhe "amo-te" pronunciaste as palavras que o condenaram á morte 

Leonora responde-lhe que só ela é a culpada e "Que caia, que caia o teu furor sobre a culpada que te ultrajou crava a espada neste coração que nem quer nem pode amar-te

 A intervenção de Manrico no trio:- declara-se invencível, pela força que o amor dela lhe confere, dizendo para o Conde "A tua sorte está ditada soou a tua última hora O seu coração e a tua vida me reservou o destino" Os dois rivais afastam-se desembainhando as espadas, enquanto Leonora cai inconsciente.

sábado, 17 de outubro de 2020

Il Trovatore-Tacea la notte placida (2)

Leontyne Price Anna Netrebko Renee Fleming

Il Trovatore-Tacea la notte plácida

A segunda cena do primeiro acto, começa nos jardins do palácio onde Leonora, dama de companhia da rainha Leonor, passeia com a sua confidente Inês.

 Leonora está inquieta, pois há algum tempo que não ouve nem vê o trovador, um jovem que cativou o seu coração, durante umas justa em que se apresentou sem escudo de armas e vestindo uma armadura negra. 

 Inês, pede-lhe que volte para os aposentos da rainha pois esta exige a sua presença, mas Leonora não se conforma com mais uma noite, sem ver o seu amado, que conhecera no referido torneio(Ne tornei v apparve), onde explica o que aconteceu no torneio, a sua presença e o facto dele o ter ganho, "Eu própria pus sobre a cabeça do vencedor a coroa. Logo depois começou a guerra civil e não voltei a vê-lo Imagem furtiva, como a de um sonho dourado e passou o tempo, mas então ....

 O que aconteceu ?-pergunta-lhe Inês Iniciando Leonora a sua ária "Tacea la notte plácida" "

Estava em silêncio a noite plácida e formosa, e no céu sereno a Lua mostrava o seu rosto de prata alegre e cheio ! Quando soaram no ar que até então mudo estava os acordes de um alaúde e uns versos melancólicos cantou um trovador. Versos de súplica e humildemente tal como um homem que reza a Deus nela repetia um nome : o meu ! Corri rapidamente para a varanda era ele, sim, era ele, sento uma alegria como apenas é permitido aos anjos sentir ! Ao meu coração, ao meu olhar estático a terra pareceu o céu!

 Perante a recomendação de Inês para esquecer esse trovador, Leonora responde com a sua cabaleta "Di tale amor che dirsi" "de um amor tal, que mal se pode explicar com palavras de um amor que apenas eu compreendo se embriagou o meu coração. O meu destino só se pode cumprir a seu lado, se não vivo para ele morrerei por ele ". 

 Esta peça é cantada por Sondra Radvanovsky,

Rolando Panera

Rolando Panerai nasceu a 17 de outubro de 1924 -e faleceu a  22 de outubro de 2019) foi um barítono italiano , particularmente associado ao repertório italiano. 

Ele se apresentou no La Scala de Milão, muitas vezes ao lado de Maria Callas e Giuseppe Di Stefano . Ele era conhecido por sua compreensão musical, excelente dicção e atuação versátil tanto no drama quanto na ópera cômica.

 Entre seus papéis principais estavam Ford em Falstaff, de Verdi, e o papel-título de Gianni Schicchi, de Puccini

 Aqui canta Il catalogo de Don Giovanni .

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Dmitri Hvorostowski⭐In memoriam of his last concert in Grafenegg 2017

Dmitri Aleksandrovitch Khvorostovski nasceu a 16 de outubro de 1962 e faleceu 22 de novembro de 2017[1]) foi um barítono russo. Hvorostovsky nasceu em Krasnoiarsk, na Sibéria. Estudou na Escola de Artes de Krasnoiarsk sob os ensinamentos de Ekaterina Yofel e fez sua estreia na Casa de Ópera de Krasnoiarsk no papel de Marullo, Rigoletto (Giuseppe Verdi). 

 Venceu o Primeiro Prêmio da Competição Glinka em 1987 e da Competição de Cantores de Toulouse em 1988. Hvorostovsky veio a ter fama internacional em 1989, quando ele ganhou a Competição Cantores do Mundo da BBC, Cardiff, ganhando do favorito cantor local, Bryn Terfel no último round. Sua performance na Competição incluiu Ombra mai fu de Handel e Per me giunto ... O Carlo ascolta de Don Carlo de Verdi. Seus concertos internacionais começaram imediatamente (estreia em Londres em 1989 e em Nova Iorque em 1990).

 Sua estreia no oeste foi na Ópera de Nice com A Rainha de Espadas em 1989. 

Na Itália, sua estreia foi no Teatro La Fenice como Eugene Onegin, um sucesso que fez aumentar sua reputação. Sua estreia em ópera nos Estados Unidos aconteceu com a Ópera Lírica de Chicago em 1993, na performance de La Traviata. 

 Desde então ele cantou nas maiores casas de óperas do mundo, incluindo o Metropolitan Opera House (estreando em 1995), no Royal Opera House, Covent Garden, a Ópera do Estado de Berlim, La Scala e na Ópera do Estado de Viena. Ele é especialmente renomado por interpretar o papel-título Eugene Onegin, de Tchaikovsky. O The New York Times o descreve como "nascido para este papel". Hvorostovsky é aclamado como um cantor de óperas tanto como cantor de recitais e concertos. 

Ele foi nomeado como uma das cinquenta pessoas mais bonitas do planeta

Morreu ao 55 anos como consequência dum tumos cerebral 



 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Il Trovatore-Di due figli vivea padre beato

A acção passa-se no norte de Espanha, durante o século XV.

Uma guerra entre o rei de Aragão e o revoltado Urgel, cujo quartel general é na Biscaia,o que põe em confronto o Conde Luna e Manrico, que comandam as operações militares.

A primeira cena no pátio do palácio da Aljafería de Saragoça, apresenta-nos os homens da guarda do conde Luna, que para passar o tempo, enquanto esperam o seu senhor, pedem a Ferrando para lhe contar a sinistra história da família dos Luna

.Inicia-se a ária para o baixo Ferrando "Di due figli,vivea padre beato"Ferrando conta então, como muitos anos atrás, quando o conde de Luna tinha apenas dois anos de idade, apareceu um dia ao lado do berço do seu irmão mais novo, um menino de poucos meses,

 uma cigana de aspecto sinistro, que não deixava de olhar para a criança."De horror ficou a ama gelada consegue lançar um grito agudo no ar e mais rapidamente do que demora a contar chegam a correr os criados ao local e entre ameaças, gritos e empurrões conseguem por fora a malvada que ali ousou entrar""

Afirmou que queria fazer o horóscopo do petiz ...! mentirosa! 

Lentamente a febre destruiu a saúde do pobre menino Pálido, lânguido abatido durante as noites tremia e passava o dia em lamentos e choros"O facto foi atribuído a um feitiço e depois de se capturar a cigana, esta foi declarada bruxa e condenada a morrer na fogueira.

Algumas noites mais tarde o menino doente desapareceu, mas os homens do velho conde de Luna, não demoraram a encontrar, no mesmo lugar onde se tinha queimado a velha bruxa uma nova fogueira com o cadáver de uma criança.

Este acto de maldade foi atribuído á filha da cigana, mas nunca a conseguiram apanhar, perante a dor do velho pai.(Brevi e tristi giorni visse)"viveu poucos dias e tristes um estranho pressentimento, contudo, no seu coração, dizia-lhe que o seu filho não tinha morrido"

Próximo da morte, pediu ao actual conde que jurasse não parar a busca Ferrando garante contudo que aos que o ouvem que ainda seria capaz de a reconhecer, apesar de já terem passado mais de vinte anos.

Os soldados supersticiosos ficam inquietos, com o tom sinistro da narração dele, que acrescenta que a velha feiticeira costuma ainda aparecer naquele castelo, sob formas diversas de mocho ou de coruja e que as suas aparições ocorrem precisamente á meia-noite.Os sinos do relógio do castelo, tocam nesse momento as 12 badaladas e todos fogem apavorados amaldiçoando a cigana. 

 Aqui canta András Palerdi

Suzanne Murphy

Em 1941 a 15 de Novembro nascimento a soprano Suzanne MURPHY.

 Aqui canta Vissi d'arte da Tosca

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Norma-Final

Perante a recusa de Pollione, 

Norma manda reunir a Assembleia anunciando que tem uma nova vítima, uma sacerdotisa perjura, que pecou contra a Pátria e o deus, tornando inúteis as súplicas do romano, julgando que ela ia denunciar Adalgisa. 

 Enquanto a pira é acesa para o sacrifício, revela que a pecadora é ela e lembra a Pollione que tal como estiveram unidos durante a vida, também o estarão na hora da morte.

 Pollione percebe a grandeza do coração de Norma e diz-lhe “Junto morreremos, ah sim morreremos as minhas últimas palavras serão que te amo mas na hora da morta, não me rejeites antes de morrer perdoa-me” 

 Todos querem que ela desminta o seu delito, mas a revelação do facto de ser mãe agrava a sua culpa.

 Oroveso, o pai , furioso recusa salvar a vida dos filhos de Norma, como se pode ver no início do 2º video. 

 Ela canta a sua última e comovedora súplica, que emociona até Oroverso “ Ah! Não os convertas em vítimas do meu erro fatal Ah! Não os trunques, na flor da sua inocente idade. Pensa que são o teu sangue, E tem piedade deles Ah, pai tem deles piedade” 

 Oroveso(o magnífico Del Bosco), acaba por lhe dizer que toma conta dos filhos. Enquanto isso Pollione afirma o renascer do seu amor. 

 Norma, feliz por morrer ao lado do homem amado, sobe com ele para a pira funerária. 

 Equanto o coro invoca a maldição divina, os dois amantes, unem-se num amor, mais santo e duradouro.

 Enfim não há palavras para descrever Caballé, para mim a inigualável Norma

.In Mia Man, Alfin Tu Sei (2)

Joan Sutherland & Luciano Pavarotti Marina Rebeka & Airam Hernández Saioa Hernandez e Rubens Pellizzari

M. Caballe & Jon Vickers "In mia man alfin tu sei" Norma Orange

M. Caballe & Jon Vickers "In mia man alfin tu sei" Norma Orange

Alfredo Zanazzo

ALFREDO ZANAZZO , nascido em Imperia a 14 de Outubro de 1946, uma pequena cidade na costa noroeste italiana entre Gênova e Nice, 

Após completar o ensino médio, iniciou sua carreira musical em meados dos anos 70 como pianista cantor de música comercial.

 Ouvido por acaso em um clube do Oriente Médio, ele foi aconselhado a mudar sua inclinação para o canto lírico. Depois de algumas audições na Itália, ele decidiu começar a treinar em canto clássico, descobrindo posteriormente possuir uma voz de baixo rica e verdadeira.

 O grande contrabaixo TANCREDI PASERO se interessou por ele e deu alguma ajuda artística e técnica ao jovem cantor, que posteriormente continuou sua formação musical com o contrabaixo BONALDO GIAIOTTI e o Maestro RENATO PASTORINO de LA SCALA de MILÃO. 

 Depois de vencer vários concursos internacionais, ele fez sua estreia com sucesso na ARENA DI VERONA em 1981 como o REI na AIDA de Verdi. 

 No final do mesmo ano cantava ZACCARIA em NABUCCO na abertura da temporada de ópera de TRIESTE, e pouco depois apareceu pela primeira vez em LA SCALA de Milão, com o importante papel de NARBAL na ópera LES TROYENS de Berliotz, conduzido por GEORGES PRETRE. 

 Durante os anos seguintes, cantou em quase todas as grandes casas de ópera do mundo, como o STAATSOPER em Viena, Paris SALLE GARNIER, New York METROPOLITAN, as óperas de MUNCHEN, GENEVA, ZURIQUE, HAMBURGO, SAN DIEGO, LAS PALMAS, TORONTO, TORINO e todos os outros grandes teatros italianos. 

 ALFREDO ZANAZZO é solicitada para o seu genuíno escuro e poderoso Timbro , adequado para papéis de Verdi dramáticas, bem como para "BEL CANTO", devido à quente e nobre qualidade de sua voz.

 Aqui canta Oh chi piange da Nebucco

terça-feira, 13 de outubro de 2020

NORMA-Ah del tebro

 IV ACTO

 Lugar solitário perto do bosque sagrado, Um grupo de guerreiro gauleses pergunta-se se o odiado Pollione, não abandonou ainda o acampamento inimigo. Todos se preparam, com impaciência , para a tão desejada sublevação.

 Oroveso entra e avisa-os da iminente chegada de um procônsul ainda mais cruel que o anterior. Não sendo extenso o papel de Oroverso a ária que aqui canta “ Ah!del tebro” é de uma dificuldade considerável.

Aqui cantado por Elia Todisco 

 Canto solene e elegante, tal como acontece com a maioria das árias para baixo neste período, Nele se intercalam as intervenções do coro que acentuam o carácter magestoso da passagem.

 

 Carlo Colombara

Katherine Ciesinski

Katherine Ciesinski (nascida em 13 de outubro de 1950) é uma mezzo-soprano americana , diretora de palco e professora de voz. Ciesinski nasceu no Delaware

 Ela é irmã da cantora de ópera Kristine Ciesinski (1952-2018).

 Seus primeiros estudos em piano e voz foram em Delaware, depois na Temple University e no Curtis Institute of Music com Margaret Harshaw e Dino Yannopolous .

 Em 1974, ela ganhou o prêmio Gramma Fischer no Metropolitan Opera National Council Auditions e, no ano seguinte, no WGN Auditions of the Air. Em 1977, ela ganhou o primeiro prêmio no Concours International de Chant de Parispor decisão unânime do júri, tendo ganho um ano antes o primeiro prémio no Concurso Internacional de Música de Genebra . Sua irmã Kristine ganhou o mesmo prêmio no ano seguinte na mesma competição. 

 Aqui canta "O mon Fernand de Ka Favorita  

domingo, 11 de outubro de 2020

Norma-Mira, o Norma (2)

Anna Netrebko e Elīna Garanca Uma maravilha Joan Sutherland e Marilyn Horne Katarzyna Oleś-Blacha e Monika Korybalska

Norma -Mira o Norma

á entrada de Adalgisa que Norma, havia mandado chamar por Clotilde, que nota a palidez do rosto de Norma, que lhe responde

 “É a palidez da morte quero revelar-te toda a minha vergonha um único rogo te farei e cumpre-o se é que alguma piedade desperta em ti, a dor do meu presente e a dor do meu futuro

 Pedindo-lhe depois que leve as crianças ao acampamento romano “para junto daquele cujo nome não ouso pronunciar” e que “ele seja para ti um esposo menos cruel, eu perdoo-lhe e preparo-me para morrer” 

 E continua dizendo para cuidar e proteger, os seus filhos “não peço honras nem nem poder, sejam esse reservados aos filhos do teu próprio sangue, apenas te peço que não os abandones"

 Adalgisa recusa, dizendo que irá sim ao acampamento contar todos os sofrimentos por que passa Norma e confia que saberá convencer Pollione a aceitá-la de novo.

 Norma recusa e inicia-se o dueto Mira o Norma-(Olha Norma) em que Adalgisa diz

 “Olha Norma, perto dos teus joelhos estas amadas criaturas Ah! Tem piedade delas, ah! Mesmo se de ti não tens piedade

 E Norma recita “

Ah! Por que é que minha constância tentas dobrar com tão ternos sentimentos perante a morte, ai! Um coração já não pode ter Ilusões nem esperança” 

 Norma a quem Adalgisa continua a pedir para que ceda, porque Pollione já está arrependido, lhe pergunta “ E tu ? “

Adalgisa responde

Amei-o mas agora a minha alma
apenas alberga amizade


Norma diz “Oh! Jovenzinha ! E tu querias ?

Adalgisa : “ Devolver-te os teus direitos
Ou perante ti, o céu e os homens
Juro esconder-me para sempre

Norma: “Sim,venceste, abraça-me
Em ti volto a encontrar a amiga

Cantado ambas 

Si, fino all ore estreme Sim,até à minha última hora
Compagna tua, compagna m avrai por companheira me terás
Per ricovrarci insieme grande é o Mundo
Ampia è la terra assai para nos hospedar ás duas
Teco dell fato all onte Contigo, firme, oporei
Ferma opporró la fronte o meu ânimo, aos enganos do destino
Finché il tuo core enquanto junto ao meu
A battere io senta sul mio cor sentir bater o teu coração

Assim cantm Montserrat Caballé e Josephine Veasey,

Fim do 3º Acto