Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Il Trovatore - Stride la vampa

 O 2º acto começa num acampamento de ciganos, na Biscaia, partidários de Urgel. 

Cantam despedindo-se da noite "Vedo ! Se fosche notturno", preparando-se para o trabalho. 

É um dos trechos mais famoso da ópera, onde o coro é misturado com o bater de bigornas e martelos, vulgarmente conhecido pelo "coro dos ciganos".  

Eles dizem "Olhai ! as escuras roupas noturnas que cobriam a imensa abóbada do céu afastam-se, parece uma viúva que por fim despe as roupas negras com as quais se cobria. Ao trabalho vamos, martelem. Quem embeleza os dias do cigano ? a ciganinha"

 depois só os homens 

 "Escutem-me um pouco a bebida dá ânimo e coragem ao corpo e á alma"

 Completando todo o coro 

 "Oh Olha olha no teu corpo brilha um raio mais brilhante que os do Sol Ao trabalho ! ao trabalho ! Quem embeleza os dias do cigano ? A ciganinha

 Azuzena a filha da cigana, que o velho conde de Luna queimou no passado, está absorta frente ao fogo, enquanto os ciganos cantavam.  

 Azuzena começa então um estranha canzone, assim qualificada na partitura e não como ária e que por isso tem duas estrofes iguais.

 Trata-se de "Sride la vampa"(crepita a chama), uma das mais famosos trechos  para mezzo-sopranos. 

 Ela recorda o dia tenebroso quando sua mãe foi injustamente condenada. Numa primeira alusão ao ambiente em redor, a alegria das pessoas. 

 Terminando " Crepita a chama, chega a vítima vestida de negro, desenfaixada e descalça ! Elevam-se gritos ferozes de morte e o eco repete-os de um barranco para outro ! Sinistras reluzem sobre os seus horrendos rostos as tétricas chamas que se erguem até ao céu"

 Aqui o papel de Azucena foi cantado pela FABULOSA  Fiorenza Cossotto em Florença em 1977,

 na mesma data em que a ouvi cantar este mesmo papel em Lisboa, acompanhada de Piero Cappuccili (Conde Luna), Mara Zampieri (Leonora), Vincenzo Bello (Manrico).

Sem comentários: