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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Lucia di Lammermoor-Tu que a Dio spiegasto l ali(final)

No meu blogue Sindicato de Operários acabei de refazer toda a ópera Lucia de Lammermoor" de Donizetti, onde se pode, de um modo gera,l acompanhar toda a ópera, desde que se siga a ordem das respectivas etiquetas laterais.
O facto de ter acaba este ópera, deu-me a ideia de iniciar uma série de apresentações que chamarei "Finais" onde vou tentar publicar as últimas árias e o fecho de algumas delas.
Neste caso da Lucia de Lammermoor e ao contrário do habitual, não é a protagonista que a acaba, mas sim o tenor neste caso Edgardo suicidando-se após tomar conhecimento da morte de Lucia.
Lucia terminara a sua actuação uns minutos antes quando da extensa intervenção no que se convencionou chamar de ária da loucura.
a ária final “Tu que a Dio spiegasto l ali
Tu que a Deus abriste as asas
oh bela alma apaixonada
volve para mim aplacada
contigo se eleve quem te foi fiel
Ah se a ira dos mortais
Nos moveu uma guerra tão cruel
Se separados fomos na terra
Una-nos Deus no céu
Oh bela alma
Una-nos Deus no céu
Eu sigo-te”
Desembainhando a sua adaga, suicida-se.
Enquanto morre, canta basicamente a mesma ária ao mesmo tempo que Raimundo e o coro se lamentam dizendo
Que horror que horror
Oh! Tremendo e negro destino
Deus perdoa tanto horror”
A interpretação deste papel de Edgardo deve-se a José Carreras, aparentemente numa recita em Bregenz em 1982.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Gioconda-Suicídio

Eliane Coelho é provavelmente o nome mais consistente da cena brasileira, embora o êxito mediático de algumas jovens como Carmen Monarch, pareça destituir Eliane do seu lugar, não me espantando que a maioria das pessoa conheça melhor Carmen.

Não sendo uma debutante, contando actualmente 55 anos esta antiga estudante de arquitectura veio para a Alemanha para se aperfeiçoar e pela Europa (desde 1991 em Viena) onde se tem mantido nas suas actuações sem descurar aparições pontuais no seu País, como é o caso deste vídeo cantado em São Paulo em 2006 a ária "Suicídio" da Gioconda de Amilcare Ponchielli
.
Uma ária do IV acto desta ópera com libretto de Arrigo Boito, muito exigente para a intérprete.
Esta ópera foi estreada no Scala em Milão em 1876 e na noite da estreia com a presença do autor, foi chamado à cena mais de 30 vezes para receber os aplausos do público.

Este papel de Gioconda foi cantado na estreia por Teresa Brambilla, mulher de Ponchielli.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Lucia de Lammermoor-Chi mi frena In tal momento

O famoso sexteto da Lucia de Lammermoor começa, entrado em primeiro lugar por Edgardo e Enrico, juntando-se a eles, pouco depois, Lucia e Raimondo, que repetem o tema do tenor e do barítono, enquanto estes repetem uma variação do mesmo. Na segunda parte juntam-se Arturo e Alisa, dando lugar a um intenso clímax final. A violência da situação descrita pela orquestra e pontuada pelas diversas intervenções, acabam por desembocar num grande concertante com o qual termina o II acto. O sexteto é admirável, cada um canta a sua parte, mas a beleza das palavras e a técnica musical , faz com que “batam certo”. Como se estivessem a ser lidos 6 poemas ao mesmo tempo (não deixa de não ser verdade), não se encontrando qualquer dissonância. Edgardo, lamenta o que considera ser uma traição, mas clama que ainda que vencido, a ama (T amo ingrata, t amo ancor) Enrico diz que se arrepende de ter traído alguém do sangue dela e não consegue apagar os remorsos do meu coração ( spegnere, non posso, I rimorsi del mio cor) Lucia lamenta-se de não ter morrido, quero chorar e não posso até o pranto me abandona (Vorrei piangere e non posso, M abbandona il pianto ancor) Raimondo lamenta a dor de Lucia, quem não se compadece dela, tem no peito um coração de tigre (Chi per lei non é commosso, ha di tigre in petto il cor) Este famoso sexteto aqui é cantado pelo seguinte elenco Edgardo: José Carreras Lucia: Katia Ricciarelli Enrico: Leo Nucci Raimondo: John Paul Bogart Arturo: John Dickie Alisa: Waltraud Winsauer Num concerto em 1982

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pourquoi me reveiller

Num outro blogue meu chamado Sindicato de Operários,

tento com alguma dificuldade, "publicar" integralmente Óperas, com sequência e textos apropriados, assim consiga descobrir os trechos publicados e o sempre embirrante "This video is no longuer available".

Já consegui completar a "Norma", a "Cavalleria Rusticana", "La Boheme" e o Requiem de Verdi.

Tenho em reconstrução (substituição de videos no longuer available) , o "Trovador" e a "Lucia de Lamermoor".

Estando em publicação o "Elixir do Amor", onde a maioria dos documentos que encontro têm Rolando Villazon como protagonista (Nemorino).

Villazon é um tenor que gosto muito, votaria nele para um dos melhores da actualidade

Aqui Rolando Villazon canta da ópera Werther de Jules Massenet - Pourquoi me reveiller, numa récita em Nice em 2006

Pourquoi me réveiller, ô souffle du printemps,
pourquoi me réveiller?
Sur mon front je sens tes caresses,
Et pourtant bien proche est le temps
Des orages et des tristesses!
(avec désespérance)
Pourquoi me réveiller, ô souffle du printemps?
Demain dans le vallon viendra le voyageur
Se souvenant de ma gloire première...
Et ses yeux vainement chercheront ma splendeur,
Ils ne trouveront plus que deuil et que misère!
Hélas!
(avec désespérance)
Pourquoi me réveiller ô souffle du printemps!


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A te o cara

Rockwell Blake, canta hoje esporadicamente, por opção própria, já que prefere dedicar-se ao ensino. Tem uma carreira interessante sobretudo em papéis rossinianos, mas é falho na representação cénica, de que aliás, quanto a mim, este video é exemplo disso. Canta aqui esta ária, acompanhado da soprano Denia Mazzola Gavazzeni no papel de Elvira, da Ópera IL Puritani de Bellini, a sua última ópera estreada em Paris em 1833
A te, o cara, amor talora Mi guidò furtivo e in pianto; Or mi guida a te d'accanto Tra la gioia e l'esultar. Al brillar di sì bell'ora, Se rammento il mio tormento Si raddoppia il mio contento M'è più caro il palpitar d'amor

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Lascia ch'io pianga

Deixa-me então chorar
a minha cruel sorte
e suspirar
pela liberdade
Que a dor rompa
estas grilhetas
dos meus martírios
só por piedade

Assim canta Almirenda quando cativa, canta este lamento que imortaliza a sua personagem na ópera Rinaldo de Haendel estreada em Londres em 1711.

Canta Angela Gheorghiu num  concerto em Bruxelas no ano de  2004. 

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Rachel, quand du seigneur

Confesso o meu desconhecimento sobre esta ópera La Juive, da autoria de Halevy com libretto de E.Scribe.
Halevy é um músico do século XIX e esta mesma ópera a Judia foi a escolhida para a inauguração do teatro de Ópera de Paris, o Teatro Garnier em 1875, quando ali foi tocado o 3º acto desta obra.

Encontrei este magnífico documento, cantado por Plácido Domingo, duma área "Rachel, quand du seigneur"


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Casta Diva

A nossa vencedora do concurso a melhor soprano da actualidade, foi a Anna Netrebko, com uns indiscutíveis 58%, ficando Renne Fleming em 2ºlugar com 17% dos votos.

A homenagem que lhe prestamos é a publicação desta sua interpretação da "Casta Diva" a famosa ária da Norma de Bellini

Esta cavantina, é sem qualquer dúvida o fragmento mais popular de toda a ópera, os ondulantes harpejos dos instrumentos de corda, com base nos quais se eleva o tema principal da ária, interpretado pela flauta, que lhe dá o clima “lunar”, já que a cena é noturna e a evocação é feita à deusa Lua), introduzem o canto da soprano

Basicamente nesta ária Norma, convida o povo á paz, corta os ramos do visco sagrado e avança com os braços estendidos para o ceú. A luz da lua inunda a cena e Norma invoca a sua aparência pura e bela com uma prece eterna