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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Il Trovatore-Di due figli vivea padre beato

A acção passa-se no norte de Espanha, durante o século XV.

Uma guerra entre o rei de Aragão e o revoltado Urgel, cujo quartel general é na Biscaia,o que põe em confronto o Conde Luna e Manrico, que comandam as operações militares.

A primeira cena no pátio do palácio da Aljafería de Saragoça, apresenta-nos os homens da guarda do conde Luna, que para passar o tempo, enquanto esperam o seu senhor, pedem a Ferrando para lhe contar a sinistra história da família dos Luna

.Inicia-se a ária para o baixo Ferrando "Di due figli,vivea padre beato"Ferrando conta então, como muitos anos atrás, quando o conde de Luna tinha apenas dois anos de idade, apareceu um dia ao lado do berço do seu irmão mais novo, um menino de poucos meses,

 uma cigana de aspecto sinistro, que não deixava de olhar para a criança."De horror ficou a ama gelada consegue lançar um grito agudo no ar e mais rapidamente do que demora a contar chegam a correr os criados ao local e entre ameaças, gritos e empurrões conseguem por fora a malvada que ali ousou entrar""

Afirmou que queria fazer o horóscopo do petiz ...! mentirosa! 

Lentamente a febre destruiu a saúde do pobre menino Pálido, lânguido abatido durante as noites tremia e passava o dia em lamentos e choros"O facto foi atribuído a um feitiço e depois de se capturar a cigana, esta foi declarada bruxa e condenada a morrer na fogueira.

Algumas noites mais tarde o menino doente desapareceu, mas os homens do velho conde de Luna, não demoraram a encontrar, no mesmo lugar onde se tinha queimado a velha bruxa uma nova fogueira com o cadáver de uma criança.

Este acto de maldade foi atribuído á filha da cigana, mas nunca a conseguiram apanhar, perante a dor do velho pai.(Brevi e tristi giorni visse)"viveu poucos dias e tristes um estranho pressentimento, contudo, no seu coração, dizia-lhe que o seu filho não tinha morrido"

Próximo da morte, pediu ao actual conde que jurasse não parar a busca Ferrando garante contudo que aos que o ouvem que ainda seria capaz de a reconhecer, apesar de já terem passado mais de vinte anos.

Os soldados supersticiosos ficam inquietos, com o tom sinistro da narração dele, que acrescenta que a velha feiticeira costuma ainda aparecer naquele castelo, sob formas diversas de mocho ou de coruja e que as suas aparições ocorrem precisamente á meia-noite.Os sinos do relógio do castelo, tocam nesse momento as 12 badaladas e todos fogem apavorados amaldiçoando a cigana. 

 Aqui canta András Palerdi

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