Amélia recorda a sua infância, recordando uma anciã que vivia numa pequena cabana e ela promete nunca deixar que a vida faustosa no palácio a façam esquecer esse seu passado humilde.
Como na hora escura
Sorrindo o mar cintila!
E a lua se mistura
Com luz tão juvenil…
Parece um doce enlace
De dois fiéis corações.
Mas que me trazem astros,
O mar, na mente aflita
Da órfã tão sem paz?...
A noite fria e escura
Quando a piedosa, ao fim,
Gritou: “do céu virá a luz!”
Ó nobre lar altivo,
De estirpe ainda mais nobre,
O teto pobre e simples
Não esqueci por ti…
Só na tua pompa austera
O amor me sorri enfim.
Já surge o dia…
O céu se faz de prata, mas o canto
Do meu amor não vem…
Ele me enxuga o pranto a cada aurora
Como o orvalho aos botões.
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