Estreada a 30 de novembro de 1885, na Ópera de Paris (Palais Garnier).
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Baseia-se na peça "Le Cid" (1636) de Pierre Corneille, que por sua vez se inspira na figura histórica espanhola de Rodrigo Díaz de Vivar, o lendário herói espanhol conhecido como El Cid Campeador.
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É uma ópera grand-opéra em 4 atos (às vezes apresentada em 5 atos), seguindo o estilo francês, com balés, coros grandiosos, cenas espetaculares e orquestração rica.
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Massenet mistura exotismo espanhol com lirismo francês, resultando numa música cheia de cores ibéricas estilizadas (danças como Aragonaise, Castillane, Navarraise).
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Tem áreas famosas e uma suíte de balé (muito tocada como peça orquestral independente).
O enredo gira em torno do conflito entre o amor e o dever:
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Rodrigue (El Cid) ama Chimène, mas acaba matando o pai dela num duelo para vingar a honra do seu próprio pai.
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Chimène, dividida entre o amor por Rodrigue e o dever de pedir justiça pela morte do pai, exige que o rei castigue Rodrigue.
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Enquanto isso, os mouros invadem Castela, e Rodrigue lidera o exército espanhol à vitória, tornando-se herói nacional.
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No fim, Chimène perdoa Rodrigue, reconhecendo sua honra e heroísmo.
É uma história de honra, amor, dever e reconciliação, típica do ideal cavaleiresco medieval.
Momentos musicais destacados
"Ô noble lame étincelante" – ária de Rodrigue (um momento heroico e bel canto masculino).
A suíte de balé – com danças espanholas como a Aragonaise, Aubade, Catalane, Madrilène, Navarraise – muito famosa nos concertos sinfônicos.
O dueto de Rodrigue e Chimène – carregado de emoção e dilemas morais.
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Apesar do sucesso inicial, “Le Cid” não entrou de forma permanente no repertório operístico internacional, sendo mais conhecida pela sua suíte de balé.
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Foi uma das últimas grandes produções de grand-opéra na tradição da Ópera de Paris.
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Em tempos recentes, tem sido redescoberta e reavaliada, com produções modernas e gravações
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