Contexto: ocorre no Ato II da ópera, num momento íntimo entre os amantes, quando reafirmam o amor e a esperança no meio das dificuldades que enfrentam.
É um dueto lírico e muito cantabile, típico de Rossini, com belíssimas linhas melódicas entrelaçadas entre soprano e tenor.
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Apresenta frases delicadas, ornamentações graciosas, com um lirismo cheio de ternura, diferente da grandiosidade ou energia rítmica de outros momentos da ópera.
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As vozes se alternam e depois se unem em harmonia, criando um efeito de diálogo amoroso e cumplicidade emocional.
💭 Atmosfera: mais íntima, doce, quase um momento suspenso dentro da trama dramática — uma espécie de refúgio lírico para os dois protagonistas no meio do conflito maior da ópera.
Na ópera, há uma longa tradição de papéis masculinos escritos para vozes femininas, conhecidos como “papéis de calças” (trouser roles, em inglês; ruoli en travesti, em italiano). Nestes papéis, uma cantora interpreta um personagem masculino, vestindo-se de homem em cena.
👉 Isso era comum no século XVIII e início do XIX, especialmente quando os castrati (cantores masculinos castrados para manter a voz aguda) deixaram de existir. Os papéis originalmente escritos para eles passaram a ser cantados por mezzos ou sopranos.
Embora Rossini ainda escrevesse para castrati no início da sua carreira, no caso de Eduardo e Cristina o papel de Eduardo não foi pensado explicitamente para castrato, mas foi transmitido na prática vocal da época como adequado a uma voz aguda (tenor ou mezzo).
aqui cantam
Cristina: Anastasia Bartoli Eduardo: Daniela Barcellona
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