A ária “O don fatale” é uma das peças mais impactantes da ópera Don Carlos, cantada pela Princesa de Éboli no Ato IV. É uma ária para mezzosoprano dramática e destaca-se tanto pela sua intensidade emocional quanto pelas exigências técnicas.
No resumo, Éboli, que até então era uma personagem movida por ciúmes e ambições, tem um momento de auto-reconhecimento e arrependimento profundo. Ela percebe que seu “dom fatal”—sua beleza—foi a origem de todos os problemas e tragédias: traiu a amizade de Elisabeth, causou sofrimento a Don Carlos e comprometeu sua própria honra.
A ária pode ser dividida em duas partes:
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Lamento e arrependimento:
Éboli amaldiçoa sua própria beleza (“O don fatale e accorto / che la natura infuse...”), reconhecendo que foi a causa de sua ruína moral e da desgraça alheia. -
Determinação de expiação:
Após esse lamento, a música ganha energia. Éboli promete redimir-se ajudando Don Carlos a escapar e anuncia sua decisão de se retirar para um convento (“Ma un dì, fra quegli angeli...”).
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