Catarina Cornaro de Franz Lachner — uma ópera bem menos conhecida, mas que tem seus encantos, especialmente para quem aprecia a escola romântica alemã.
Compositor: Franz Lachner
Ano de estreia: 1841
Idioma: Alemão
Local da estreia: Munique
Sobre o compositor:
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Franz Lachner (1803–1890) foi contemporâneo de Schumann e Mendelssohn.
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Trabalhou em Munique como maestro e era muito respeitado no sul da Alemanha.
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Embora não tão famoso quanto os compositores do seu tempo, Lachner teve uma influência sólida, sobretudo em música orquestral e de câmara.
Enredo (resumidamente):
A ópera segue a mesma linha da história histórica:
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Catarina Cornaro é uma jovem veneziana nobre.
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Ela é escolhida para se casar com Jacques de Lusignan, o rei de Chipre.
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No entanto, a nobreza veneziana usa o casamento como ferramenta política.
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A peça gira em torno de intrigas políticas, amor perdido e sacrifício pessoal.
A ênfase de Lachner está mais no drama psicológico e nos sentimentos pessoais de Catarina do que na pompa política, o que dá um ar quase intimista à narrativa.
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A ópera tem uma escrita que lembra Weber e até traços iniciais de Wagner — mas sem a densidade wagneriana.
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A música é melodiosa, com orquestração clara e emocional.
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Destacam-se os solos vocais expressivos e as cenas de conjunto bem estruturadas.
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A personagem de Catarina tem momentos de grande lirismo, alternando com trechos de força e decisão.
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Pouco encenada atualmente, esta ópera caiu em esquecimento, ofuscada por obras italianas com o mesmo tema (como a de Donizetti).
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No entanto, nos círculos de estudo de ópera alemã, há interesse crescente em resgatar Lachner por seu estilo elegante e emocionalmente sincero.
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Em gravações raras, nota-se a riqueza do material — mas ela carece de uma grande redescoberta internacional.
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