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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Caterina Cornaro-Donizetti-Tu l'amor mio tu l'iride

A ópera "Caterina Cornaro", de Gaetano Donizetti, é uma joia um pouco menos conhecida dentro do repertório operístico, mas cheia de força dramática e beleza musical.


Resumo da Ópera "Caterina Cornaro"

  • Compositor: Gaetano Donizetti

  • Ano de estreia: 1844 (Nápoles), depois revisada e reapresentada em 1845 (Parma)

  • Libreto: Giacomo Sacchero

  • Baseada em fatos históricos, embora com liberdades poéticas, a ópera conta a história de Caterina Cornaro, uma nobre veneziana do século XV que se torna Rainha do Chipre.

Temas principais:

  • Poder e política: Caterina é usada como peça num jogo político entre Veneza e Chipre.

  • Tragédia amorosa: Ela é separada de seu verdadeiro amor, Gerardo, e forçada a casar-se com o rei de Chipre.

  • Coragem feminina: Caterina acaba sendo uma figura de força e dignidade, resistindo à manipulação e assumindo seu papel de rainha com firmeza.

  • Donizetti já estava maduro musicalmente quando escreveu essa ópera.

  • Traz belas árias, especialmente para a protagonista (Caterina), com momentos de lirismo intenso e dramaticidade.

  • A orquestração e os coros são bem elaborados, mesmo sendo uma obra menos frequentemente encenada.


Tu l'amor mio, tu l'iride" é cantada no prólogo da ópera "Caterina Cornaro" de Gaetano Donizetti.

Essa belíssima ária faz parte de um dueto entre Gerardo e Caterina, logo no prólogo, quando os dois ainda estão apaixonados e acreditam que poderão ficar juntos.

É um momento lírico e luminoso da ópera — antes da sombra das intrigas políticas cair sobre eles. Os dois expressam o amor puro e idealizado que sentem um pelo outro. E é justamente essa felicidade que será depois destruída pelo destino e pelas decisões políticas da República de Veneza.

“Tu és o meu amor, tu és o arco-íris”
– uma metáfora lindíssima, associando Caterina à luz e à esperança depois da tempestade.

Essa cena é uma das mais doces da ópera — e contrasta profundamente com o clima sombrio do ato final. Donizetti usa isso como técnica dramática: fazer o público se apegar aos personagens antes de lhes arrancar a felicidade.-

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