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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Boris Godunov-Prólogo

Boris Godunov é uma ópera escrita por Modesto Mussorgsky, baseado na obra homónima de Alexander Pushkin, concluída em 1825. O enredo situa-se no período que decorreu entre a morte do czar Feodor em 1598 e a coroação do primeiro Romanov em 1613, concretamente no reinado do czar Boris.

É uma ópera em 4 actos um prólogo e representa toda a evolução daquele período desde a proclamação e coroação até à autodestruição total.

No prólogo a cena passa-se no pátio do mosteiro de Novodevich, nos arredores de Moscovo. A multidão é admoestada violentamente por um guarda, para que se lamente ajoelhada no chão. Aparece entretanto Shchelkalov(v.Malchenko) o secretário do conselho de Estado, para anunciar que Boris Godunov se recusa a aceitar o trono da Rússia, apesar do apoio dos Boiardos (era o título atribuído aos membros da aristocracia russa do século X ao século XVII) e da Igreja Ortodoxa. Chega um grupo de peregrinos que vem fomentar esperança do povo ali reunido, pedindo para ir ao encontro do czar.

Na 2ª cena do prólogo, numa praça já dentro do Kremlin, o povo espera com impaciência, o anúncio da nomeação do novo czar. Por fim Shuisky (Alexander Sokolov) sai da catedral e aclama Boris como czar. O povo acolhe a aclamação com grande alegria. Boris (Eugeny Nesterenko) aparece junto da multidão com os símbolos do poder, mostrando-se solene mas atormentado.

Começando por dizer

Estou cheio de tristeza
Um temor estranho
e receio do futuro
oprimem o meu coração

depois pede a benção de Deus para que

eu seja justo e magnânimo como vós
e que leve a glória ao meu povo.

Acaba convidando todos

para a grandiosa festa
todos, ricos e pobres
todos podem vir
todos serão bem-vindos

O primeiro acto começa na cela do Mosteiro de Chudon, onde o Padre Pimen (Valery Yaroslavtsev), escreve à luz de uma vela. Escreve a última página da sua crónica da Rússia.
Dizendo que

um dia outro monge
servo de Deus, encontrará este meu trabalho
modesto, anónimo
e também ele, como eu
acenderá a vela, limpará este pergaminho
de pó acumulado pelos anos,
e transcreverá a história por mim escrita
para que os filhos da ortodoxia cristã
saibam o destino
por que passaram os seus antepassados.




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1ªParte


2ªParte

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3ªParte

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