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domingo, 5 de julho de 2009

Mefistófele-L altra notte in fondo al mare

Lina Bruna Rasa foi considerada a Santuzza ideal, pelo menos assim o considerou Pietro Mascagni o compositor da Cavalleria Rusticana.

Nasceu em Pádua e morreu em Milão em 1984 com 77 anos, depois de passar 36 anos num hospital psiquiátrico. Dizem contudo alguns colegas seus que nos princípios da doença se declarar, Lina intercalava momentos de esquizofrenia e enorme agitação, com outros de profunda apatia, porém quando começava a cantar, mostrava-se completamente lúcida.

Em Outubro de 1942 cantou pela última vez na arena ao ar livre de Pesaro.

Aqui Lina canta esta ária com que se inicia o terceiro acto de Mefistófeles a única ópera de Arrigo Boito, muito mais famoso como libretista, do que como compositor.

Margarida está encerrada numa prisão, prestes a ser executada sob a acusação de ter afogado o seu filho e envenenado a própria mãe. Nesta ária que dá início aos 3º acto, ela queixa-se da sua sorte, desculpando-se desses crimes que aliás cometeu levada pela loucura, ao ver-se abandonada por Fausto, estando grávida, asfixiou com as sua mãos o seu filho de tanto o abraçar, para que se não fosse, como o seu amado Fausto.

L'altra notte in fondo al mare
Il mio bimbo hanno gittato,
Or per farmi delirare dicon ch'io
L'abbia affogato.
L'aura è fredda,
Il carcer fosco,
E la mesta anima mia
Come il passero del bosco
Vola, vola, vola via.
Ah! Pietà di me!
In letargico sopore
E' mia madre addormentata,
E per colmo dell'orrore dicon ch'io
L'abbia attoscata.
L'aura è fredda,
Il carcer fosco, ecc.



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