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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Maria Stuard-Abertura

A ópera Maria Stuarda, de Gaetano Donizetti, é uma das obras-primas do bel canto italiano e faz parte da chamada “trilogia das rainhas” do compositor, junto com Anna Bolena e Roberto Devereux. Estreou em 1835, baseada na peça de Friedrich Schiller, e dramatiza o conflito entre Maria Stuart (Maria, Rainha da Escócia) e sua prima, a rainha Isabel I da Inglaterra.

Contexto dramático

  • O enredo gira em torno da rivalidade política e pessoal entre Maria e Isabel, culminando na execução de Maria.

  • Embora historicamente as duas rainhas nunca se tenham encontrado, a ópera inclui um confronto direto e intensíssimo — o famoso duetto-confronto, ponto alto do drama.

  • A personagem de Maria é profundamente humana, ao mesmo tempo nobre, resignada, orgulhosa e frágil.

Aspectos musicais

  • Maria Stuarda exige cantoras de grande técnica e expressividade. O papel de Maria é escrito para soprano lírico-dramático, enquanto Isabel pode variar entre mezzo-soprano e soprano.

  • A ópera alterna momentos de lirismo interior (como a oração final de Maria, “Deh! Tu di un’umile preghiera il suono”) com explosões dramáticas (como o famoso insulto de Maria a Isabel: “Figlia impura di Bolena!”).

  • A orquestração é típica do bel canto: apoia as vozes sem abafá-las, e confere tensão emocional ao drama.

História conturbada

  • A censura da época considerou ofensiva a ideia de uma rainha sendo insultada e executada no palco. A estreia em Nápoles foi cancelada.

  • Só em 1835, em Milão, com alterações, a obra pôde estrear. Ganhou popularidade ao longo do século XX, principalmente com interpretações de cantoras como Joan Sutherland, Beverly Sills e Montserrat Caballé.

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