. "Adieu, notre petite table" é uma das árias mais emblemáticas da ópera Manon de Jules Massenet.
Trata-se de um momento intimista, comovente e cheio de subtexto psicológico, no qual Manon revela a dor da escolha entre o amor e o luxo. 🎭
Contexto dramático
Ato II da ópera. Manon vive modestamente com Des Grieux, feliz mas longe do luxo que sonhara. O rico Monsieur de Brétigny, que a deseja, oferece-lhe uma vida de conforto e riqueza. Manon hesita... mas acaba por aceitar, mesmo sabendo que isso significará abandonar o homem que ama.
Sozinha, ela olha a mesa onde partilhava as refeições com Des Grieux e canta essa despedida, quase como se falasse com um fantasma de si mesma.
Texto (com tradução)
Adieu, notre petite table, Qui nous réunit si souvent. Adieu, notre petite table, Si grande pour nous cependant. On tenait, par sa place modeste, Un rang bien modeste aussi, Acceptant tout, nappe ou serviette, Et le verre d’eau de la vie. Tu nous parus toujours honnête, Et nous te bénissons, ami. Adieu, notre petite table. ~
Tradução (livre):Adeus, nossa pequena mesa, Que tantas vezes nos reuniu. Adeus, nossa pequena mesa, Que era pequena, mas imensa para nós. Ocupando um lugar modesto, Vivíamos também com modéstia, Aceitando tudo — toalha ou guardanapo, E o copo de água da vida. Pareceste-nos sempre honesta, E te abençoamos, amiga. Adeus, nossa pequena mesa. 💔
Interpretação
O objeto simples (a mesa) representa o mundo íntimo, sincero e amoroso que Manon partilha com Des Grieux. A despedida não é apenas material, mas espiritual e moral — ela está prestes a trair os próprios sentimentos. A dor é contida e silenciosa, mas pungente. Não há revolta: apenas resignação e uma ternura nostálgica pelo que está prestes a perder.
Aqui a interpretação e de Renee Fleming
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