Attila” é uma das óperas menos conhecidas de Giuseppe Verdi
Ano de composição:
1845
Libreto:
Escrito por Temistocle Solera (e mais tarde revisto por Francesco Maria Piave), baseado na peça “Attila, König der Hunnen” de Zacharias Werner.
Estreia:
17 de março de 1846, no Teatro La Fenice, em Veneza.
👑 Contexto histórico e dramático:
“Attila” conta a história do famoso rei dos hunos — o “flagelo de Deus” — e o confronto entre o seu poder bárbaro e o orgulho patriótico romano. Como muitas óperas de Verdi do seu chamado “período patriótico”, tem temas fortes de libertação, identidade nacional e resistência ao domínio estrangeiro — temas que ressoavam profundamente com o público italiano do Risorgimento (movimento pela unificação da Itália).
🧩 Resumo da trama:
Ato I – Invasão e resistência
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Attila invade a Itália com seus exércitos.
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Ele encontra Odabella, uma mulher guerreira que finge submeter-se a ele, mas que na verdade quer vingar-se da morte do pai, morto pelos hunos.
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Ezio, um general romano, propõe a Attila dividir o mundo: “Tu a l’universo, Roma a me!” — talvez a frase mais célebre da ópera.
Ato II – Intriga e alianças
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Odabella ganha a confiança de Attila.
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Ezio e Foresto (romano apaixonado por Odabella) conspiram contra os invasores.
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Foresto duvida da lealdade de Odabella, mas ela garante que está do lado de Roma.
Ato III – Queda e morte
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Durante um banquete de casamento, Attila tem pesadelos com um velho (o Papa Leão I) que o ameaça.
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Odabella, Foresto e Ezio o confrontam e finalmente Odabella mata Attila, vingando seu pai.
Características musicais:
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A ópera tem momentos intensos e guerreiros, alternados com árias emotivas e recitativos cheios de tensão.
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O grande destaque vocal é a personagem de Odabella — soprano dramático, com uma das árias mais desafiadoras e arrebatadoras: “Santo di patria”.
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O papel de Ezio também é marcante, com sua célebre ária “E’ gettata la mia sorte”.
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O coro tem papel forte, como em outras óperas patrióticas de Verdi, sendo quase um personagem coletivo que representa o povo oprimido.
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