Armida-Abertura

Quando apareceu, Armida foi considerada a resposta italiana às colossais óperas barrocas francesas. O objetivo de Traetta era combinar o estilo italiano com o francês, já que na época da composição ele era o maestro musical da corte Bourbon de Parma, um ambiente cuja cultura estava enraizada na França, mas onde a tradição napolitana do bel canto era muito apreciada. Ele foi convidado a criar o remake italiano de Quinault e Armide de Lully, que foi a ópera mais célebre da época. Seu objetivo era celebrar o casamento do Imperador José II com Isabel de Bourbon-Parma. A ligação entre Viena e Parma, simbolizada pelo casamento, foi de extrema importância também para a história da música. A década de 1760 representa uma década gloriosa para a ópera séria em Viena, que incluiu as óperas italianas de Gluck, algumas das melhores óperas de Hasse, além de Armida de Traetta.