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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Rinaldo-Lascia ch'io piang

Lascia ch’io pianga é uma das árias mais célebres do repertório barroco, composta por George Frideric Handel e presente na ópera Rinaldo (1711).

Origem e História

  • A melodia não nasceu em Rinaldo:

    • Surgiu primeiro como uma dança instrumental em Almira (1705), a primeira ópera de Händel.

    • Depois foi adaptada como lamento (Lascia la spina) no oratório Il trionfo del Tempo e del Disinganno (1707).

    • Finalmente recebeu o texto atual e foi inserida em Rinaldo, onde se tornou célebre.

Contexto na Ópera

  • Na ópera, é cantada pela personagem Almirena no Ato II.

  • Almirena foi sequestrada pela feiticeira Armida e lamenta sua sorte, desejando a liberdade.

  • É um momento de pausa lírica e introspectiva no meio de uma trama cheia de ação e magia.

Características Musicais

  • Forma: ária da capo (ABA’) — típica do barroco.

  • Andamento lento e expressivo (largo), em compasso ternário.

  • Linha vocal simples, mas profundamente emotiva, apoiada por acompanhamento suave de cordas e contínuo.

  • Destaca-se pela melodia comovente e clara, que realça a dor resignada do texto.

Texto

Deixa-me então chorar
a minha cruel sorte
e suspirar
pela liberdade
Que a dor rompa
estas grilhetas
dos meus martírios
só por piedade

É um lamento pessoal e universal, razão pela qual a ária ganhou vida própria além da ópera.

Importância

  • Tornou-se uma das peças barrocas mais conhecidas e executadas no mundo.

  • É frequentemente cantada em recitais, filmes e cerimônias (às vezes até em contextos religiosos).

  • Demonstra o dom de Händel para transformar melodia simples em emoção intensa.

Aqui canta Anett Fritsch Anett FritschAnett FritschAnett FritschAnett FritschAnett Fritsch
 

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