A ária “Quant’è grato all’alma mia” é a primeira grande cavatina da personagem Elisabetta (soprano) na ópera Elisabetta, regina d’Inghilterra, de Gioachino Rossini. É um momento de alegria serena e amorosa, que se destaca por seu lirismo elegante e por apresentar a rainha sob uma luz mais íntima e feminina — em contraste com a autoridade rígida que ela demonstra mais adiante na obra.
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Ocorre no Ato I, quando Elisabetta recebe Leicester de volta à corte.
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Ela está emocionada com o reencontro e confessa, de forma contida mas apaixonada, o seu afeto por ele — ainda que o amor entre eles esteja envolto em formalidades e tensões políticas.
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É uma ária que revela o lado mais humano e vulnerável da rainha, antes de os conflitos da ópera se intensificarem.
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Escrita em forma de cavatina, ou seja, uma ária de entrada com caráter lírico e introspectivo.
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Exige da soprano um legato refinado, controle de linha melódica e sensibilidade emocional — sem exageros dramáticos.
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Há ornamentos leves, típicos de Rossini, mas a ênfase está na elegância e dignidade do canto.
Quant’è grato all’alma mia
Il poter che regna in cor!
Torna all’oggetto amato,
L’anima mia fedel.
(Tradução livre:
Quão grato é à minha alma
o poder que reina no coração!
Volta ao objeto amado,
minha alma fiel.)
Aqui canta Lella Cuberli
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