A peça é uma mistura de humor e crítica social, em que Basilio descreve, de maneira cômica, o poder destrutivo das fofocas e calúnias.
Musicalmente, a ária é cheia de agilidade vocal e técnica, com rápidas mudanças de ritmo que representam o comportamento volúvel da fofoca.
O cantor precisa demonstrar grande habilidade para dar vida ao personagem manipulador e mostrar a natureza traiçoeira e enganosa de suas palavras.
A calúnia é uma brisa, uma aura muito gentil quão insensível, sutil, levemente, suavemente, começa a sussurrar.
Planta baixa, térreo, em voz baixa, sibilando, vai fluindo, vai zumbindo; nos ouvidos das pessoas ele se apresenta habilmente, e cabeças e cérebros isso deixa você tonto e incha.
Da boca saindo o barulho está aumentando, requer força pouco a pouco, já voa de um lugar para outro; parece um trovão, uma tempestade que no coração da floresta ele vai assobiando, resmungando e isso faz você congelar de horror.
No final transborda e explode, ele se propaga, ele duplica e produz uma explosão como um tiro de canhão, um terremoto, uma tempestade, um alvoroço geral, o que faz o ar roncar.
E o malvado caluniou, abatido, pisoteado, sob o flagelo público por grande destino morrer.
Aqui canta Ruggero Raimondi
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