Ascanio in Alba, K. 111, é uma ópera de dois atos composta por Wolfgang Amadeus Mozart com o libreto italiano de Giuseppe Parini. A sua estreia ocorreu em 17 de outubro de 1771 no Teatro Regio Ducal, em Milão.
Mozart tinha apenas 15 anos quando a escreveu, em 1771, durante sua segunda viagem à Itália.
A estreia foi em Milão, no Teatro Regio Ducale, como parte das celebrações do casamento do arquiduque Ferdinand da Áustria com Maria Beatriz d'Este — por isso a temática mitológica e festiva.
🧾 Enredo (em resumo)
A história é inspirada na mitologia romana e gira em torno de Ascanio, filho de Enéias, e sua união com Silvia, uma ninfa pura e devota.
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Vênus (a deusa) protege seu neto Ascanio.
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Para testar Silvia, Vênus faz com que Ascanio apareça disfarçado.
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Silvia resiste à dúvida, fiel ao amor e ao destino.
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Ao final, a verdade é revelada e os dois se unem, como símbolo da fundação da futura cidade de Alba — e, simbolicamente, do Império Romano.
É uma espécie de alegoria do amor virtuoso, da pureza, e da fundação de algo grande e eterno.
🎶 Características musicais
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Música leve, pastoral, cheia de graça galante e melodias luminosas.
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Inclui recitativos, árias e coros, com orquestrações refinadas.
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Mesmo tão jovem, Mozart já mostra domínio da forma e da expressividade.
Destaques:
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A ária de Silvia “Perché tacer degg’io” — cheia de ternura.
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O dueto final — símbolo da união idealizada.
🌟 Curiosidades
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Era comum na época usar mitologia para celebrar casamentos nobres — o amor dos deuses como espelho do casal real.
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Foi tão bem recebida que Mozart conquistou ainda mais prestígio na Itália.
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Mostra o quanto ele já tinha, aos 15 anos, um estilo próprio em formação — sensível, elegante, teatral.
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