Manon Lescaut é uma ópera em quatro atos de Giacomo Puccini, com libreto em italiano baseado na novela do Abade Prévost, L'Histoire du Chevalier des Grieux et de Manon Lescaut Estreou em 1 de fevereiro de 1893, no Teatro Regio de Turim
.Libreto: Uma colcha de retalhos literária — com textos de vários autores (Luigi Illica, Marco Praga, Domenico Oliva, Ruggero Leoncavallo, entre outros), todos baseados no romance do abade Prévost (L’Histoire du chevalier Des Grieux et de Manon Lescaut,
Aspectos musicais
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Puccini em plena expansão:
Embora anterior a La Bohème, Tosca e Madama Butterfly, Manon Lescaut já revela o lirismo arrebatador, o uso dramático das cordas, e o domínio orquestral que caracterizam Puccini. -
Temas recorrentes:
A partitura é rica em leitmotivs (temas musicais associados a ideias ou personagens). Manon tem seu tema sensual e trágico, e Des Grieux é envolto em passagens de intensa paixão. -
Momentos inesquecíveis:
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O Intermezzo orquestral entre o segundo e o terceiro ato — emocionalmente devastador, resume toda a tragédia do casal.
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A ária de Des Grieux, "Donna non vidi mai" (Ato I) — declaração de amor imediata e idealista.
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O dueto do Ato II — tensão entre luxo e amor verdadeiro.
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A cena final no deserto, com o lamento de Manon — talvez o momento mais pungente da obra, que Puccini escreve com desolação nua.
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Personagens principais
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Manon Lescaut: jovem dividida entre o amor e o desejo de uma vida luxuosa.
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Des Grieux: o apaixonado cavaleiro, trágico e impulsivo.
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Lescaut: irmão de Manon, oportunista e cínico.
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Geronte: velho rico que tenta manter Manon como amante.
que torna essa ópera especial?
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Paixão avassaladora e sem freios:
A história caminha como um trem desgovernado: tudo se dá rápido, intenso e fatal — um traço marcante do verismo. -
Orquestra poderosa e envolvente:
A orquestração é densa e rica, muitas vezes carregando o drama mais do que os próprios cantores. -
Personagem feminina complexa:
Manon não é nem heroína nem vilã — é humana, contraditória, vítima e cúmplice de seu destino.
1731).
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