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quarta-feira, 7 de abril de 2021

I Puritani-01-Vieni fra queste braccia

O dueto “Vieni fra queste braccia” de I Puritani (Vincenzo Bellini, 1835) é um dos momentos mais apaixonados e virtuosísticos de toda a ópera romântica italiana — uma verdadeira explosão bel-cantista.

Aqui vai o essencial, com contexto musical e dramático:

Contexto dramático

O dueto surge no último ato da ópera, quando finalmente há esperança de reconciliação entre Elvira e Arturo.
Depois de toda a loucura, perseguição política e separações, este dueto representa o reencontro amoroso — uma espécie de catarse emocional.

É um dos raros momentos de I Puritani em que a alegria e o êxtase sustitui a tensão dramática.

Características musicais

Bel-canto no auge

  • Bellini escreve linhas vocais amplas, longas e fluidas, com aquela característica “melodia infinita” dele.

  • O dueto exige grande técnica dos dois cantores: controle, legato impecável e, nos momentos finais, agilidade e potência.

Diálogo amoroso

O tecido musical alterna:

  • frases respondidas entre os dois,

  • uníssonos apaixonados,

  • harmonias estreitas que simbolizam fusão emocional.

Extroversão final

O trecho culmina numa passagem mais rápida e brilhante (“Ah! vieni al tempio”), que mistura:

  • coloraturas,

  • saltos,

  • linhas vocais que se entrelaçam num clima de exultação.

É quase um mini-final feliz antes do verdadeiro desfecho da ópera.   Aqui cantam Dmitry Korchak eVenera Gimadieva

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