Em 1680 a 3 de Fevereiro Jean Baptiste Lully estreia em Saint-Germain-en-Laye a sua ópera Proserpine,sobre um libreto de Philippe Quinault.
Contexto
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Lully e Quinault dominaram a cena operística francesa na corte de Luís XIV.
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Em vez de seguir o modelo italiano (arias virtuosísticas), a tragédie lyrique enfatiza drama contínuo, recitativos expressivos, dança, e coros, refletindo a estética cortesã francesa.
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O prólogo geralmente elogiava o rei Luís XIV, como era de praxe.
Enredo (mitologia greco-romana)
A história gira em torno do mito de Prosérpina (ou Perséfone), filha de Ceres (Deméter), raptada por Plutão (Hades).
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Prólogo: como de costume, é uma alegoria que glorifica o reinado de Luís XIV.
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Ato I: Prosérpina é cortejada por diversos pretendentes, mas permanece reservada.
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Ato II: Plutão a vê e decide raptá-la.
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Ato III: O rapto ocorre, e Ceres entra em desespero com a perda da filha.
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Ato IV: Intervenção dos deuses, tensões entre o mundo celeste e o inferno.
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Ato V: Júpiter decide um compromisso: Prosérpina passará parte do ano com a mãe (Ceres) e parte com Plutão nos infernos — explicação mítica da alternância das estações.
Proserpine de Lully não é a mais representada das suas tragédies lyriques (como Armide ou Atys), mas é uma peça que exemplifica bem a fusão de mitologia clássica, política absolutista e estética barroca francesa.
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