Estreia em (Viena) Kärntnertor a 5 de Junho de 1843
da opera de Donizetti
Maria di Rohan" — Ópera em três atos de Gaetano Donizetti
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Compositor: Gaetano Donizetti
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Libreto: Salvadore Cammarano
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Estreia: 5 de junho de 1843, no Kärntnertortheater, Viena
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Baseada na peça: Un duel sous le cardinal de Richelieu de Lockroy e Edmond Badon
Enredo — Resumo:
A ação se passa em Paris, no século XVII, durante o tempo do Cardeal Richelieu.
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Maria di Rohan é casada com o conde di Chalais, mas tem uma história de amor secreta com o duque di Chevreuse, um antigo pretendente.
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Quando Chalais descobre a traição, os conflitos políticos e amorosos se entrelaçam.
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O drama termina com desonra, traição e morte — características fortes do estilo melodramma tragico.
Aspectos musicais:
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A música é mais sombria e contida do que as óperas belcantistas típicas.
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Donizetti estava já num momento mais maduro da sua carreira — esta é uma ópera de 1843, dois anos antes da sua morte.
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Há grande intensidade dramática e um uso inteligente de recitativos curtos, que tornam o enredo mais fluido.
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Os personagens são psicologicamente densos, especialmente Maria, com uma paleta emocional ampla.
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A orquestração é mais enxuta e direta — quase proto-verista em momentos de tensão.
Papéis principais:
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Maria di Rohan (soprano) – figura trágica, forte, apaixonada.
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Riccardo, Duca di Chevreuse (tenor) – amante de Maria, nobre e impulsivo.
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Enrico, Conte di Chalais (barítono) – marido de Maria, personagem complexo e vingativo.
- Considerações finais:
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Maria di Rohan é uma pérola do repertório donizettiano menos conhecida, mas com forte carga emocional e musical.
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É ideal para quem se interessa por óperas mais íntimas, com foco no drama e nas paixões humanas, ao invés de puro espetáculo.
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Pode ser vista como um elo entre o bel canto e o drama romântico mais sombrio, quase antecipando Verdi.
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