Ghiaurov apresentou-se ao lado de Mirella Freni pela primeira vez em 1961 em Génova. Ela foi Marguerite e ele o diabo na ópera Faust (Gounod). Casaram-se em 1975 e viveram na cidade natal de Freni, Modena.
Fausto-A cena da Igreja
Fez a sua estreia nos Estados Unidos com Faust em 1963 na Ópera Lírica de Chicago.
Cantou doze papéis com a companhia, incluindo Boris, Don Quichotte, Mefistofele entre tantos outros. Ghiaurov fez sua estreia no Metropolitan Opera no dia 8 de Novembro de 1965 como Mephistopheles.
Ele cantou, no total, oitenta e uma vezes em dez papéis diferentes no Met, aparecendo pela última vez no dia 26 de Outubro de 1996, como Sparafucile de Rigoletto (Verdi).
Rigoletto-Povero Rigoletto
Durante sua carreira, ele também se apresentou no Teatro Bolshoi em Moscou, na Ópera Estatal de Viena, no Royal Opera House e na Ópera de Paris.
Uma pausa na minha visita pelos grandes nomes sopranos, para falar noutro imortal o enorme Nicolai Ghiaurov, talvez sugestionado pelo facto de ter sido casado com Mirella Freni.
Nicolai Ghiaurov nasceu Velingrad em a 13 de Setembro de 1929 e viria a falece a 2 de Junho de 2004 e foi um baixo búlgaro e considerado por mim o melhor baixo que me foi dado ouvir
Quando criança cantava num coro da igreja onde foi descoberto pela sua voz excepcional, aprendeu igualmente a tocar violino, piano e clarinete
Começou os seus estudos de canto em Sofia com Christo Brambarov , completando os estudos em Leningrado e Moscovo, entre 1950 e 1955
A carreira de Ghiaurov iniciou-se em 1955, quando ele venceu o Grande Prémio na Competição Internacional de Canto em Paris e uma Medalha de Ouro no Quinto Festival Mundial dos Jovens em Praga.
Ghiaurov fez sua estreia operística em 1955 como Don Basilio no Barbeiro de Sevilha em Sofia.
Fez sua estreia na Itália em 1957 no Teatro Municipal de Bolonha, depois disso começou a sua carreira internacional com a sua redenção de Varlaam na ópera Boris Godunov no La Scala em 1959.
A morte de Boris de Boris Godunov
Em 1962, Ghiaurov fez sua estréia no Covent Garden como Padre Guardiano da ópera La Forza del Destino (Verdi) e aparecendo em Salzburgo com a obra Requiem de Giuseppe Verdi, ao lado de Luciano Pavarotti, Leontyne Price e Fiorenza Cossoto, conduzidos por Herbert von Karajan.
A carta de Tatyana ("Puskay pogibnu ya", ou "Let me perish" em traduções inglesas) é o coração emocional da ópera "Eugene Onegin" e uma das cenas mais belas já escritas para soprano. Não é apenas uma ária — é uma cena inteira que ocupa quase vinte minutos, composta com fluxo contínuo e cheia de delicadezas psicológicas.
Contexto dramático
Tatyana, jovem sonhadora e leitora de romances, acaba de conhecer Onegin. É noite. Todos dormem. Ela sente um turbilhão de emoções — e decide, impulsivamente, escrever-lhe uma carta de amor. Mas mais do que isso: ela se entrega totalmente, com sinceridade e vulnerabilidade.
Conteúdo da carta (e da cena)
Começa hesitante, nervosa, quase em sussurros. Ela fala consigo mesma, confessa não saber o que dizer.
Aos poucos, as emoções crescem: ela admite que não pode resistir ao que sente.
A música torna-se mais apaixonada, mais ampla, com linhas vocais expansivas que refletem seu estado emocional.
Há momentos de doçura, esperança, dúvida, e desespero — tudo costurado por Tchaikovsky com delicadeza psicológica extrema.
Ao fim, exausta e tomada pelo amor, ela sela e envia a carta — com o coração nas mãos.
Características musicais
A orquestra reflete os humores de Tatyana: há excitação nervosa (cordas trêmulas), doçura (madeiras), e paixão crescente (crescendo harmônicos).
A linha vocal alterna entre declamação lírica e frases melódicas longas, quase como se ela estivesse improvisando seus sentimentos.
A escrita vocal exige grande controle emocional e expressivo, mais do que puro virtuosismo.
É a cena mais famosa da ópera e uma das mais amadas da história lírica.
Foi revolucionária ao colocar uma mulher jovem como sujeito ativo do amor, algo ousado para a época.
Muitos veem nela um reflexo do próprio Tchaikovsky, que também viveu amores não correspondidos e intensos dilemas emocionais.