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domingo, 13 de abril de 2008

Força do destino-Pace pace mio Dio

A ária "Pace, pace, mio Dio!" é uma das peças mais emocionantes e intensas do repertório operístico, extraída do último ato da ópera "La forza del destino" de Giuseppe Verdi. 

Interpretada pela personagem Leonora, essa ária encapsula desespero, resignação e um desejo profundo por paz, tanto interna quanto externa.


No início do segundo quadro do último acto, Leonora, pálida e desfigurada, sai da gruta e dirige-se para o sítio onde todas as semanas o Padre Guardião lhe deixa os alimentos.
O isolamento não lhe trouxe a desejada paz de espírito.

No momento em que Leonora canta essa ária, ela está escondida em uma caverna, vivendo como eremita para expiar suas dores e evitar a perseguição de seu irmão Don Carlo, que busca vingança pela morte do pai. Ela clama por paz após uma vida marcada por sofrimento e tragédia, refletindo sobre seu destino cruel e sua fé em Deus.

Estrutura Musical e Emoção

  1. Abertura introspectiva:

    • A ária começa suavemente, com um tom quase de oração, à medida que Leonora sussurra sua súplica por paz. A melodia é delicada, introspectiva e carregada de lirismo.
  2. Crescendo emocional:

    • À medida que a ária avança, a intensidade emocional cresce. Leonora relembra seu amor por Alvaro, reconhecendo que seu destino cruel a separou dele para sempre. O contraste entre o desejo por paz e a realidade de sua dor dá à peça uma dinâmica extremamente dramática.
    • Estrutura Musical e Emoção

      1. Abertura introspectiva:

        • A ária começa suavemente, com um tom quase de oração, à medida que Leonora sussurra sua súplica por paz. A melodia é delicada, introspectiva e carregada de lirismo.
      2. Crescendo emocional:

        • À medida que a ária avança, a intensidade emocional cresce. Leonora relembra seu amor por Alvaro, reconhecendo que seu destino cruel a separou dele para sempre. O contraste entre o desejo por paz e a realidade de sua dor dá à peça uma dinâmica extremamente dramática.
        • O ápice ocorre com o clamor desesperado "Maledizione!", onde Leonora amaldiçoa sua sorte trágica. Esse momento é frequentemente destacado como um dos mais poderosos na literatura operística.
        • Interpretação

          Essa ária exige não apenas virtuosismo técnico, mas também profundidade interpretativa. A soprano precisa equilibrar a contenção inicial com a explosão emocional no clímax, mantendo uma linha vocal impecável.


 Ainda sofre e ama, Alvaro, io t'amo. E su nel cielo è scritto: Non ti vedrò mai più! como quando se retirou do mundo e implora a Deus que lhe dê a graça da morte. Oh Dio, Dio, fa ch'io muoia; Che la calma può darmi morte sol. Invan la pace qui sperò quest'alma In preda a tanto duol. 

Ouve-se um ruído e a eremita volta a esconder-se na gruta Anna Tomowa-Sintow canta esta ária, um dos seus papéis favoritos

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Força do destino-Per sempre o mio bell angiol

Leonora planeia fugir com Dom Álvaro, seu amante, porque o Marquês não permitiu que sua filha se casasse com ele. Dom Álvaro é o filho mestiço de uma princesa Ínca e de um traidor da coroa espanhola, um homem perigoso.

Leonora está completamente apaixonada por ele mas, na iminência de deixar sua casa para sempre, ela pensa duas vezes, hesitando em abandonar sua moradia e seu pai e partir para terras desconhecidas.

Dom Álvaro passa escondido para a sacada de Leonora.
(Ah per sempre, o mio bell angiol)

Os cavalos estão prontos e um padre espera para casa-los.

Mas Leonora hesita (Dimani si partirá)
pede-lhe para adiarem a partida para o dia seguinte, pois tentaria falar de novo com o seu pai

Dom Álvaro começa a duvidar de seu amor, libertando-a de anteriores juras de noivado, já que o amor dele não é retrbuido.

Tanto basta para que Leonora desperte do seu pesadelo de angústia, eclodindo o seu amor por Álvaro, (Seguirti fino agl ultimi confini della terra)

que o comove e convence.

Já quando eles estão prontos para fugir, o Marquês entra, com espada em punho. Don Álvaro corajosamente afirma que a fuga foi ideia unicamente dele e que somente ele deverá ser punido.

Ele se rende ao Marquês e, para provar sua sinceridade, lança sua arma ao chão. Mas a arma carregada dispara acidentalmente, matando o Marquês. Em suas últimas palavras, o Marquês amaldiçoa sua filha insolente.

Este é o primeiro dueto cantado no prólogo da Ópera, aqui Monserrat Caballé (Leonora), José Carreras (Dom Álvaro) e Ghiaurov(Marquês de Calatrava)