A ópera Lodoletta é uma das obras mais conhecidas (ainda que hoje raramente encenadas) do compositor italiano Pietro Mascagni, o mesmo de Cavalleria Rusticana. Foi estreada em 1917 em Roma, com libretto de Giovacchino Forzano, baseado no romance Two Little Wooden Shoes, de Ouida (pseudônimo de Maria Louise Ramé).
Resumo e Contexto
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Gênero: Ópera verista (com ênfase em emoções fortes, vidas simples e tragédias humanas).
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Ambientação: Holanda rural, século XIX.
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Personagem principal: Lodoletta, uma jovem camponesa órfã, doce e inocente, cujo destino é marcado pela tragédia.
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Trama: Lodoletta é acolhida por um artista boêmio, Flammen. Eles desenvolvem uma relação próxima e, para ela, amorosa. Quando Flammen se afasta, Lodoletta sofre profundamente e morre de frio e tristeza, após sair sozinha em meio ao inverno para reencontrá-lo. Uma história trágica com ecos de La Bohème e La Traviata, mas com um tom ainda mais lírico e delicado.
Características Musicais
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Estilo: Pós-verista, com momentos de lirismo íntimo e orquestração refinada.
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Destaque: A ária “Ah! Il suo nome era Flammen” é o trecho mais célebre — cantada por Lodoletta, expressando sua ternura e paixão. Já foi gravada por grandes sopranos como Renata Scotto e Angela Gheorghiu.
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Escrita vocal: Muito lírica, com uma linha de canto que favorece sopranos de voz pura, expressiva e controlada.
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Orquestração: Rica, mas com transparência — Mascagni busca mais a emoção do que o drama explosivo de Cavalleria.
Recepção e Raridade
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Estreia: 1917 no Teatro Costanzi (hoje Teatro dell'Opera di Roma). Teve sucesso inicial.
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Hoje: Quase esquecida. Apenas árias sobrevivem em recitais e gravações.
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Motivo do esquecimento: Talvez por ser “doce demais” para o gosto moderno ou por não conter grandes choques dramáticos — a ópera aposta mais na sensibilidade e na dor continua
A ópera Lodoletta de Pietro Mascagni não tem uma abertura tradicional no estilo clássico (como uma "sinfonia" inicial longa e estruturada em vários temas). Em vez disso, segue a tendência do verismo italiano, iniciando-se com uma breve introdução orquestral — muitas vezes chamada apenas de prelúdio — que leva diretamente à ação..
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