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segunda-feira, 23 de junho de 2025

L'Italiana in Algeri-Cruda sorte

A ária “Cruda sorte! Amor tiranno!” é o número que Isabella canta logo que entra em cena, no Ato I da ópera L’Italiana in Algeri, de Rossini:

Isabella acaba de naufragar e se vê sozinha em solo argelino, separada do seu amado Lindoro. Ela reclama do seu destino cruel (“Cruda sorte!”), mas logo mostra que não vai desistir facilmente e que sabe muito bem como lidar com os homens. Essa alternância entre lamento e determinação dá um tom cómico e corajoso à personagem.

  • É escrita para contralto ou mezzo-soprano, exigindo uma voz com belos graves, agilidade e muito temperamento.

  • Rossini alterna uma introdução mais melancólica e expressiva com a cabaletta mais viva e cheia de coloraturas, que revela o lado astuto e cheio de energia da heroína.

  • A orquestração, cheia de detalhes coloridos (madeiras, cordas pizzicato), dá apoio à agilidade vocal da intérprete.

Por que é famosa?

  • Apresenta perfeitamente a personalidade marcante de Isabella: uma mulher forte, espirituosa e cheia de recursos.

  • Serve como uma carta de apresentação vocal e interpretativa para a cantora que a interpreta — a agilidade e o humor devem estar a todo momento presentes.

  • É um ótimo exemplo do estilo bufo de Rossini, que sabe equilibrar virtuosismo vocal e comédia.

Aqui canta Marilyn Horne
  • Cruda sorte! Amor tiranno!
    Questo è il premio di mia fe’?
    Non v’è orror, terror né affanno
    pari a quel che provo in me.
    Per te solo, o mio Lindoro,
    io mi trovo in tal periglio.
    Da chi spero, o Dio, consiglio?
    Chi conforta il mio dolor?

    Cruel destino! Amor tirano!
    Esse é o prêmio da minha fé?
    Não há terror, medo nem dor
    iguais ao que sinto em mim.
    Somente por ti, ó meu Lindoro,
    me encontro em tal perigo.
    De quem espero, ó Deus, um conselho?
    Quem conforta a minha dor?

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