O diálogo entre Azucena e Manrico mantém-se no mesmo tom. Perante a insólita confissão da cigana. Manrico pergunta-lhe "Non son tuo figlio ?", que ela assegura que sim, embora duma forma algo confusa, fingindo que se tinha explicado mal no seu delírio e que ele é o seu filho.
Pergunta-lhe " A me se vivi ancora", " se ainda vives, não mo deves ? recordando-lhe que no campo de batalha quando "descobri que a tua vida se te escapava o meu maternal afecto não a deteve no teu seio ? E quanto cuidados não dediquei para te curar de tantas feridas ?"
Só uma mãe teria corrido esse risco por um filho.
Belo é o dueto seguinte iniciado pela frase de Manrico " Mal reggendo all aspro assalto"
Manrico tranquiliza-se, mas lembra-se que uma força superior pareceu impedi-lo de matar o conde de Luna quando no duelo que teve com ele, já o tinha derrotado a seu pés.
A cigana lamenta amargamente e recomenda ao filho que se voltar a enfrentar o rival, lhe crave a arma profundamente.
O dueto é interrompido com a chegada dum mensageiro com uma boa notícia, o príncipe tomara Castela e nomeara Manrico seu defensor, e uma má, Leonora julgando-o morto quando do duelo nos jardins do palácio, recolhera-se a um convento.
Manrico diz ao mensageiro para lhe trazer um cavalo, porque irá impedir essa decisão. Azucena tenta impedi-lo, recordando-lhe que ainda está convalescente, podendo reabrir as feridas.
"Não não posso consenti-lo
o teu sangue é o meu sangue
Cada gota que dele derramas
é espremida do meu coração"
Mas Manrico está determinado
"Um instante pode retirar-me
a minha amada a minha esperança
Não há nada que possa deter-me
nem na Terra nem no céu!"
" Ah mãe deixa-me a passagem livre
pobre de ti se eu aqui ficasse
Verias morrer de dor
o teu filho a teus pés"
Manrico afasta-se tornando inúteis os esforços de Azucena para o deter
Sem comentários:
Enviar um comentário