Lucia entra em cena, com o cabelo despenteado e o rosto coberto de uma desolação mortal, com movimento convulsivos, manifestando demência.
A entrada de Lucia, dá lugar ao início da famosa ária da loucura.
Numa primeira parte, Lucia canta uma cena onde se passa de uma forma quase imperceptível do recitativo à ária, que tem um elevado interesse poético e musical.
São estas as palavras
“
O doce sono
da sua voz tocou-me
Ah, aquela voz
Penetrou no meu coração
Edgardo!
Eu pertenço-te
Edgardo!
Ah meu Edgardo
Sim, pertenço-te
Dos teus inimigos fugi
Um gelo se insinua no meu peito
Toda eu estremeço
Vacila o pé
Junto á fonte comigo te sentavas
Ai de mim !
Surge o tremendo
Fantasma
e nos separa
Ai de mim! Ai de mim!
Edgardo!… Edgardo! …
Ah!
O fantasma , o fantasma nos separa!
Refugiemo-nos Edgardo, junto ao altar
Está coberto de rosas
Uma harmonia celestial
Diz-me não ouves ?
Ah soa o hino nupcial
A cerimónia é preparada para nós
Oh ! feliz de mim !
Edgardo ! …
Edgardo !
Oh ! feliz de mim !
Oh ventura que se sente e não se diz
Arde o incenso … brilham
As sagradas velas, ardem em redor
Eis o sacerdote
Dá-me a tua mão
Oh ! venturoso dia !
Finalmente sou tua… tu és meu,
Deus a ti me deu …
Seguindo-se a uma réplica do coro
“Todo o prazer será muito grato
compartilhado contigo
do céu clemente um sorriso
a nossa vida iluminará”
ainda Natalie Dessay "ardon gli incensi"
Esta longa cena da loucura de Lucia, termina então com uma cabaleta de grande beleza musical “Spargi d amaro pianto”
Onde ela diz
“De amargo pranto semeia
o meu véu terrestre,
enquanto lá em cima, no Céu,
eu rezarei por ti
Apenas a tua chegada
Tornará belo o céu para mim
Acabo com um bravísssimo Dessay !!! Interpretação fantástica
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