Acena final da ópera La Straniera, de Vincenzo Bellini, com libreto de Felice Romani, baseada no romance L’étrangère de Charles-Victor Prévost.
A ópera estreou em 1829 e gira em torno da misteriosa personagem Alaide, a "estrangeira", que vive isolada, escondendo sua verdadeira identidade. No desenrolar da história, Alaide é amada por Valdeburgo e por Arturo, mas por razões de Estado e honra, ela não pode revelar quem é — apenas que carrega uma dor profunda e um segredo trágico.
Na última cena, o conflito atinge seu clímax:
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Arturo, desesperado, mata Valdeburgo, acreditando que ele seja amante de Alaide. Depois, ao descobrir a inocência de ambos, é tomado pelo remorso e preso.
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Alaide é acusada de ser a causa da tragédia, levada a julgamento. Durante o processo, por pouco não revela sua identidade.
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Por fim, quando tudo parece perdido, chega uma revelação surpreendente: Alaide é, na verdade, Agnes de França, rainha repudiada pelo rei francês e irmã de Valdeburgo. Ou seja, ela sempre foi uma figura de alta nobreza, vivendo exilada sob o manto do anonimato.
Mas o desfecho é trágico e resignado:
Ao recuperar sua dignidade e posição, Alaide renuncia ao amor e à vida comum. Decide retornar ao exílio voluntário, isolada num convento. A coroa e a nobreza não apagam a dor e a solidão.
A última frase costuma ser algo como:
"Addio per sempre, addio"
(Adeus para sempre, adeus),,
Aqui canta
Annick Massis
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