A flor que me atiraste
acompanhou me na prisão
Murcha e seca, esta flor
Ainda manteve o seu cheiro doce;
por horas a fio,
os meus olhos fechando as pálpebras
com esse cheiro me embriagava
E à noite eu via te
começava a mal dizer-te
a detestar-te
pensando
por que teve o destino
de a colocar no meu caminho
depois consideradava-me blasfêmo
não sentindo em mim próprio
senão um desejo
uma única esperança
Voltar a ver-te Ó Carmen
sim a ver-te
porque bastou tu apareceres
bastou lançares um olhar sobre mim
para te apoderares do meu ser
oh minha Carmen
passei a ser pertença a tua
Carmen amo-te
Plácido Domingo
Luciano Pavarotti
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