Lembrei-me de recordar, óperas e sobretudo interpretes que pelo S.Carlos e pelo velho Coliseu dos Recreios vi passar.
Ao acaso, passou-me os olhos pela Gilda Cruz-Romo uma soprano mexicana, ao que sei ainda viva, (estará com 80 anos), que recordo a ouvir cantar em 1977, a Butterfly, com a particularidade de todo o restante elenco ser português. Vasco Gil (Pinkerton), lembro bem Helena Cláudio (magnifica mezzo) na Suzuki, entre outros João Veloso, Alcino Vaz, Alcino Soares e António Saraiva em Sharpless em dias separados e claro está Fernanda Nunes numa única récita em 16 de Janeiro.
Até a direção musical foi repartida entre Ivo Cruz e Silva Pereira na condução da orquestra do Teatro S.Carlos.
Um luxo esses anos. Deve dizer-se que Gilda Cruz-Romo, talvez não tenha sido um daqueles nomes "arrasantes", mas diga-se que naquele ano de 1977, já havia cantado este mesmo papel no Met.
Já se estreara no Royal Ópera House em Londres e no Scala em 1974 na Aida e mesmo assim não teve qualquer problema, em vir a Lisboa, enquadrar-se numa récita, só com portugueses.
Se isto abona em favor da simplicidade de Gilda, também diz da qualidade dos nossos intérpretes e arrisco, também do prestígio da nossa principal sala de espetáculos, na altura.
Não encontrei Butterfly cantada por Gilda Cruz-Romo, mas fica esta gravação da La luce langue" da Opera "Mcbeth
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