Adina começa por lhe dizer que se ocupe antes dos seus assunto, como por exemplo cuidar do seu tio moribundo, do qual poderá herdar uma fortuna.
O recitativo entre ambos é iniciado pela soprano com as palavras
Chiedi all aura lusinghiera
Pergunta à brisa brincalhona
porque voa sem descanso
ora sobre o lírio, ou sobre a rosa,
ora sobre o prado, ou sobre o arroio,
dir-te-á que a sua natureza
ser ligeira e infiel
Cujo tema é repetido por Nemorino
Chiedi al rio perché gemente
Pergunta ao rio porque é que, gemente,
desde a nascente em que brotou,
se dirige para o mar que o chama,
e ao mar vai morrer
dir-te-á que o arrasta
um poder que não sabe explicar.
A segunda parte da cabaleta tem um ritmo mais rápido.
Depois dum curto diálogo, onde Adina lhe pergunta o que é que ele quer ao que Nemorino responde
Morrer como ele (o mar), mas morrer seguindo-te.
Adina secamente diz-lhe "Ama outra nada te impede".
Recomendando-lhe
Per guarir di tal pazzia
Para te curar de tal loucura
que é loucura o amor constante,
tens de seguir a minha usança,
cada dia mudar de amante.
Como um prego tira outro prego,
o amor afasta o amor.
Desta forma eu rio o desfruto,
desta forma tenho livre o coração.
dizendo Nemorino
Te sola io vedo, io sento
Só te vejo a ti, eu sinto-te
dia e noite, em cada objecto,
em vão tento esquecer-te.
Tenho o teu rosto esculpido no peito,
mudando como tu fazes,
podes esquecer-se qualquer outro amor,
mas não se pode, nunca se poderá
tirar o primeiro do coração.
Entretanto toques de corneta anunciam a chegada à aldeia de uma vistosa carroça, que é imediatamente rodeada pelos habitantes da aldeia.
Estes ficam surpreendidos, perante o luxo da carruagem e dos seus ocupantes, aparece então Dulcamara, um curandeiro charlatão acompanhado por um lacaio.
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