"Ouviste ?
Quando alvorecer, o filho ao machado
do carrasco e a mãe á fogueira"
Continuando a reflectir, sobre um eventual abuso de poderes que o príncipe lhe havia dado, mas que a tais actos fora conduzido por uma mulher funesta e de quem não sabe nada, pois todas as buscas que fizera, não a havia encontrado, perguntando-se em desespero "onde estás mulher cruel ?"
Leonora apresenta-se-lhe, iniciando-se um duo, de vigorosa melodia impulsionada pela diferente paixão que move as personagens.
Uma passagem de típica música de conversão,onde Leonora lhe implora piedade para Manrico, cantando "Mira di acerbe lagrime"
"Olha como derramo aos teus pés
um rio de lágrimas amargas
não te basta o meu choro ?
Mata-me bebe o meu sangue
calca o meu cadáver
mas salva o trovador"
mas nada comove Luna, que ainda mais se enfurece
"Quanto mais o amas mais intenso arde o meu furor",
mas cedendo apenas quando Leonora lhe promete entregar-se-lhe, se ele salvar Manrico, jurando perante Deus que vê toda a sua alma.
Liga-se assim esta parte do duo à sua cabaletta rítmica " Vivrà contende il giubilo", que Leonora canta após beber o veneno que estava no seu anel.
"Viverá ! O júbilo retira-me
as palavras, senhor
mas com os seus rápidos
batimentos, o meu coração te agradece
Agora o meu fim impávida
cheia de alegria espero
Poderei dizer-lhe, morrendo
Estás salvo graças a mim"
Este primeiro quadro do IV acto acaba estando Leonora e Luna felizes, ela porque julga ter salvo com a sua entrega o seu amor e o Conde dando largas ás suas emoções "Tu mia tu mia ripetilo"
"Tu minha, tu minha repete-o
serena o meu coração
Ah não posso crê-lo
embora to oiça dizê-lo"
Aqui cantam Raina Kabaivanska e Piero Cappuccilli
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