(continua de Norma-O enredo)
1.3-Svanir le voci (Afastam-se as vozes
A entrada de Pollione(proconsul romano na Gália, voz de tenor) e do seu amigo Flávio(centurião romano amigo de Pollione, voz de tenor), siligiosamente envoltos nas suas togas, cantam um recitativo em que Pollione confessa ao seu amigo que já não ama Norma, mas outra de nome Adalgisa que considera flor da inocência.
Também se sente alvo de censura já que é pai dos 2 filhos de Norma.
Tem muito pouco interesse sob o ponto vista musical este recitativo já que se destina
a explicar ao publico, os antecedentes do trama romântico, um pouco no sentido de actualizar a questão
1.4-Meco all altar di Venere (Junto ao altar de Vénus)
No video esta cabaleta inicia-se por volta de 3.59, quando o tenor diz Meco all altar di Venere, diga-se que as árias em todas as óperas são conhecidas pelo nome da frase inícial, como aqui acontece
Atormentado pelo remorso Pollione conta ao amigo que teve um sonho premonitório, no instante em que se dispunha a unir-se a Adalgisa, perante o altar de Vénus, em Roma, Norma irrompia com uma fúria vingadora, castigando-os
1.5-Odi ? I suoi riti a compiere (Vem cunprir os seus ritos)
Ouve-se a chamada do escudo sagrado de Irminsul, convocando os druidas à cerimónia ritual.Pollione vangloria-se do desprezo que lhe inspiram estes bárbaros cujo blasfemo santuário pensa destruir protegido pela força do seu amor por Adalgisa
.
É seguramente um dos momentos mais dificeis do papel de tenor nesta ópera, já que não sendo uma ópera emblemática na carreira dos tenores, tem nesta cabaleta, sobretudo depois da intervenção do coro e do amigo Flávio, uma nova nuance quando diz "Me protegge, me difende", cuja mudança de tom para mi bemol maior, proporciona um ar mais brilhante no fim da mesma e o tenor eleva a sua voz até um si 3 de grande efeito
Polione acaba inflamado desafiando os deuses bárbaros que lhe roubam Adalgisa
dizendo
Desse deus que disputa
esta virgem celestial
incendiarei os bosques
derrubarei o seu ímpio altar
O video que ilustra 1.3,1.4 e 1.5 é cantado por Mario del Monaco (Polione) e Mario Guggia (Flávio) em 1957
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