Jessye Mae Norman (Augusta, Geórgia, 15 de setembro de 1945 — Nova Iorque, 30 de setembro de 2019)
foi uma soprano estado-unidense, ganhadora quatro vezes do Grammy. E
steve associada particularmente aos papéis das óperas de Verdi e Beethoven.
Foi uma das cinco crianças em uma família de músicos amadores: sua mãe e seu avô materno foram pianistas, seu pai um cantor em um coral local. A sua mãe insistiu para que ela começasse a estudar piano desde pequena. Norman mostrou seu talento vocal ainda criança, cantando música religiosa na Igreja Batista que frequentava.
Aos nove anos de idade, escutou pela primeira vez uma ópera, e imediatamente se tornou uma fã do gênero. Começou a ouvir gravações de Marian Anderson e Leontyne Price, figuras que foram sua inspiração.
EM 1969, venceu a Competição Internacional de Música ARD em Munique e, por causa disso, assinou um contrato de três anos Com a Ópera Alemã de Berlim, onde estreou no mesmo ano como Elisabeth em Tannhäuser, de Richard Wagner.
Críticos descreveram Norman como "a melhor voz desde a soprano alemã Lotte Lehmann".
Nos anos seguintes, apresentou-se com várias companhias de ópera italianas e alemãs. Em 1970, fez sua estreia na Itália com a obra Deborah de Handel. Em 1971, apresentou-se pela primeira vez no Maggio Musicale de Florença como Sélica de L'Africaine de Meyerbeer. No mesmo ano, fez o papel da Condessa Almaviva em Le Nozze de Figaro de Mozart no Festival de Berlim e posteriormente gravou a obra com a Orquestra BBC, sob a regência de Colin Davis.
Em 1972, Norman estreou no La Scala, onde cantou Aida de Giuseppe Verdi, e no Royal Opera House, Covent Garden, onde cantou o papel de Cassandra, de Les Troyens, de Hector Berlioz. Norman apareceu ainda como Aida em uma versão para concerto no Hollywood Bowl.
Nos anos 1970, viajou pela Europa em turnê com obras de Schubert, Mahler, Wagner, Brahms, Erik Satie, Olivier Messiaen e muitos outros compositores estadunidenses contemporâneos.
Em outubro de 1980, Norman retornou para as óperas com o papel título Ariadne auf Naxos, de Richard Strauss, na Ópera Estatal de Hamburgo. Sua estreia operística nos Estados Unidos viria apenas em 1982 com a Companhia de Ópera da Filadélfia, aparecendo em Oedipus Rex, de Ígor Stravinsky, e em Dido e Eneias, de Henry Purcell.
Em 1983, fez sua estreia no Metropolitan Opera com Les Troyens, de Hector Berlioz, uma produção que marcou o centésimo aniversário da companhia. Cantou na celebração do sexagésimo aniversário da Rainha Elizabeth II, em 1986, ano em que também apareceu como solista das Quatro últimas canções (Vier Letzte Lieder) de Strauss com a Orquestra Filarmônica de Berlim em turnê nos Estados Unidos.
Norman morreu em 30 de setembro de 2019 em Nova Iorque devido a um choque séptico e falência de múltiplos órgãos, na sequência de complicações causadas por uma lesão medular sofrida em 2015.
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